O mestre Jesus, nos ordenou dizendo: Portanto, ide, ensinai todas as nações... Mt 28.19a
segunda-feira, 28 de dezembro de 2015
Será que é Voz da Verdade mesmo???
INTRODUÇÃO
A Igreja Voz da Verdade é uma igreja unicista. Esse grupo religioso
ficou conhecido no meio evangélico por causa do conjunto de mesmo nome. O
Pastor e vocalista Carlos A Moysés costuma distribuir em seus shows, um CD cujo
título é O Mistério de Deus – Cristo. Nele o referido pastor faz apologia das
doutrinas unicistas, que sustenta haver uma única pessoa que se manifestou ora
como Pai, ora como o Filho e como Espírito Santo cujo nome seria Jesus. Prega
ainda o batismo somente em nome de Jesus.
I – História da Igreja Voz da
Verdade
Dados do site oficial diz que esta
igreja foi fundada oficialmente em 1978 em Santo André – São Paulo – por Fued
Moysés. Ele se converteu no cinema, durante uma sessão do filme Quo Vadis. Fued conta que Jesus lhe tocou a face,
saindo da tela de projeção em carne e osso, e, naquele momento, ter-lhe-ia dado
a incumbência de pregar o Evangelho, mas infelizmente o pastor de origem árabe,
recebeu a influência de missionários unicistas americanos, que fundaram a
Igreja Pentecostal Unida no Brasil. Conta o pastor Carlos Moysés, que quando
seu pai começou a pregar a doutrina unicista, perdeu metade dos membros
da igreja.
Os jovens gostam ou gostavam muito desse conjunto, por causa de seu
estilo, que se ajusta ou ajustava bem ao espírito juvenil.
Há três grupos religiosos que com muita facilidade ainda têm acesso a
púlpitos de muitas igrejas genuinamente evangélicas e conseguem se camuflar no
meio do povo de Deus. Eles não são ortodoxos, ou seja, são contra o
Cristianismo histórico, revelado na Bíblia e, por isso, representam uma ameaça
à unidade e a doutrina da Igreja. São eles: a Igreja Local de Witness Lee, a
Igreja Voz da Verdade e a Igreja Adventista.
1 – onde está o problema?
Antes de tudo é preciso escoimar a acusação por vezes perpetuada de que
nós estamos perseguindo o tal conjunto e sua igreja. Longe disso, tão somente
queremos alertar aqueles que buscam com sinceridade a verdade do evangelho a
discernir melhor entre heresia e ortodoxia. Mas há quem afirme que se trata de
uma questão meramente secundária, isso de ambas as partes. Outros entendem que
o problema não é grave, dizendo que o Espírito Santo não está preocupado com
sistemas teológicos como trinitarismo, nem com o unicismo. Respeitamos tais
opiniões, todavia afirmar tal coisa é o mesmo que dizer que o Espírito Santo
não está preocupado com a verdade, sendo que ambas as correntes: trinitarismo e
unicismo se excluem mutuamente. Por isso, apresentaremos a raiz do problema,
para que cada cristão possa discernir e compreender a questão. Antes, porém,
convém analisar as raízes históricas da teologia unicista.
II –Antecedentes histórico
1 – Desenvolvimento Histórico da Heresia
No segundo século da era cristã, a Igreja saiu ilesa contra o
gnosticismo (doutrina que negava o Jesus homem). Diziam que Ele teve um corpo
docético – fantasma – e por isso não sofreu.
Perguntas que surgiram:
Se Jesus é Deus absoluto como fica o monoteísmo judaico—cristão?
Se o Logos é
subordinado ao Pai, isso não compromete a divindade de Jesus?
Para tentar responder a estas questões surgiram algumas tendências
heréticas, tais como:
Monarquianismo – expressão
derivada da exclamação: “Monarchiam tenemus. “conservamos a monarquia” (
Tertuliano, Adv. Praxeam 3). Apresentava duas correntes: os dinâmicos e os
modais.
Dinâmicos – diziam que
Deus deu força e poder (dynamis ) a Jesus, adotando-o como Filho. Negando assim
a divindade absoluta de Jesus, e também a Trindade – era o prenúncio do
arianismo, que negava a eternidade de Jesus.
Modais – ensinavam que as
três Pessoas da divindade se manifestavam por vários modos, daí o nome
modalista. Desenvolveram a ideia de que o Pai nasceu e o Pai sofreu,
sendo eles jocosamente classificados por Cipriano de patripassionistas..
2 – história do unicismo moderno (o
retorno da velha heresia sabeliana)
Essa doutrina surgiu em uma reunião pentecostal das igrejas Assembléias
de Deus realizada em abril de 1913, em Arroyo Seco, nos arredores de Los
Angeles, na Califórnia, numa cerimônia de batismo. O preletor, R. E. McAlister,
disse que os apóstolos batizavam em nome do Senhor Jesus e não em nome do Pai,
do Filho e do Espírito Santo, e quando as pessoas ouviram isso ficaram
atônitas. McAlister foi notificado que seu ensino possuía elementos heréticos.
Ele tentou esclarecer sua prédica, mas ela já havia produzido efeito. Um de
seus ouvintes era John Sheppe que após aquela mensagem, passou uma noite em
oração, refletindo a mensagem de McAlister e concluiu que Deus havia revelado o
batismo verdadeiro que seria somente em nome de Jesus. Também Franck J. Ewart,
australiano, adotou essa doutrina e em 15 de abril de 1914 levantou uma tenda
em Belvedere, ainda nos arredores de Los Angeles, e passou a pregar sobre a
fórmula batismal de Atos 2.38. Comparando com Mt 28.19, chegou à conclusão de
que o nome de Deus seria então somente o nome Jesus.
É verdade que o batismo somente no
nome de Jesus era praticado por pastores pentecostais como Howard Goss e Andrew
Urshan, mas foi somente com Franck J. Ewart que o batismo em nome de Jesus
desenvolveu teor teológico próprio. Assim, em 15 de abril de 1914, Franck J.
Ewart e Glenn Cook se batizaram mutuamente com a nova fórmula. Esse movimento
começou então a crescer em cima dessa polêmica e ficou conhecido por vários
nomes como: Nova Questão, movimento Somente Jesus, o Nome de Jesus, Apostólico, ou Pentecostalismo Unicista.
A essência da doutrina unicista é a
centralização no nome de Jesus. Os teólogos unicistas entendem que a expressão em nome, de Mateus 28.19 referindo ao Pai, Filho e
Espírito Santo são apenas nomes singulares de Jesus. Assim, o que parecia ser
apenas uma polêmica referente à fórmula batismal resultou na negação da
doutrina da Trindade. Os unicistas não aceitam a pluralidade de pessoas na
unidade Divina, qualquer referência à idéia de Trindade eles interpretam como
sendo várias manifestações de Deus ou de Jesus. Logo não são contra a Trindade
pelo fato de não crer que Jesus seja Deus, mas ironicamente pelo fato de crer
que Deus é só Jesus.
3 – Principais grupos unicistas
modernos
-Igreja Evangélica Voz da Verdade (IEVV);
-Igreja Só Jesus;
-Igreja Local (Witness Lee)
-Adeptos do Nome Yehoshua e Suas Variantes;
-Tabernáculo da Fé.
-A Voz da Pedra Angular (Willian Soto Santiago)
-Ministério Internacional Creciendo en Gracia
-Igreja Cristo Vive (do apostolo Miguel Ângelo)
-Pentecostal Novo Nascimento em Cristo e outras…
4 – Os Quatro Erros
São basicamente quatro os erros principais que polemiza a teologia da igreja ivv, são eles: 1 – A natureza de Deus (A Doutrina da Trindade);
2 – A natureza de Cristo;
3 – A fórmula batismal e;
4 – O significado do batismo.
-A Voz da Pedra Angular (Willian Soto Santiago)
-Ministério Internacional Creciendo en Gracia
-Igreja Cristo Vive (do apostolo Miguel Ângelo)
-Pentecostal Novo Nascimento em Cristo e outras…
4 – Os Quatro Erros
São basicamente quatro os erros principais que polemiza a teologia da igreja ivv, são eles: 1 – A natureza de Deus (A Doutrina da Trindade);
2 – A natureza de Cristo;
3 – A fórmula batismal e;
4 – O significado do batismo.
iii – a natureza de deus (a doutrina da
trindade)
1 – o que o ministério voz da
verdade prega e crê (ivv)
O Ministério Voz da Verdade crê que
existe UM SÓ DEUS,e não TRÊS DEUSES. Um só Deus ,se manifestando de várias
formas: como PAI,criador do mundo,como FILHO,veio resgatar o homem do pecado e
como ESPÍRITO SANTO está atuando hoje em nossas vidas.(site oficial)
2- Análise das Crenças Unicistas da Igreja Voz da Verdade
Para nós, trinitaristas, Jesus é uma pessoa muito amada a quem
tributamos honra, glória e louvor (Ap 5.11-13). Nestes versículos bíblicos,
Jesus, o Cordeiro, recebe com Deus, o Pai, adoração de todos os anjos do céu.
Demais disso, não cremos tampouco em três deuses, isto se chama
triteísmo. Este falso conceito de Deus divide a substância divina
conseqüentemente em três Seres separados. Por outro lado, a crença ortodoxa na
Trindade nunca admite isso, pois as escrituras falam de um só Deus e não três.
Inquestionavelmente, aceitamos que
Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem, com apoio de Cl 2.9, que
diz: Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Duas
naturezas – a divina …e o Verbo era Deus (Jo
1.1); e a humana …e o Verbo se fez carne (Jo
1.14) em uma só pessoa.
Paralelamente, afirmamos com 1 João
5.20, que Jesus é o verdadeiro Deus: E sabemos que já o Filho de
Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no
que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o
verdadeiro Deus e a vida eterna (destaque nosso). Mas a IVV
não crê assim, como lemos na sua declaração de fé citada: colocam o Pai e o
Filho como personificações e não como personalidades distintas na Trindade.
3 – a bíblia – um livro cristocêntrico
Que a Bíblia fala de uma pessoa central
e que a Bíblia é um livro cristocêntrico, não há dúvidas. Que há um só Deus e
que o primeiro mandamento proíbe a existência de outros deuses, nenhum cristão
genuíno nega Não terás outros deuses diante de mim (Dt
5.7).
No entanto, Deus é uma palavra polissêmica
que se emprega para o Pai (Ef 1.3), para o Filho (1 Jo 5.20) e para o Espírito
Santo (At 5.3-4). Tanto é que Deus em Gn 1.1 se aplica à Trindade, pluralidade
em unidade. No princípio criou Deus (Elohim) o céu e a terra. A palavra Elohim aparece cerca de
2.500 vezes nas Escrituras hebraicas. Isso é
repetido em Gn 1.26 quando o verbo façamos e o
pronome nossa aparecem no plural indicando uma pluralidade
na unidade. Pluralidade de pessoas e unidade de natureza.
Que outra maneira haveria de explicar-se o emprego dessa palavra senão
para indicar a pluralidade de pessoas nesse único Deus?
Acresce de importância quando se sabe
que existe uma palavra Eloah para
referir-se a Deus de modo singular. O uso de Elohim, com
referência à Trindade, se torna mais acentuado pelo fato de que a palavra se
usa algumas vezes em concordância com verbos e pronomes no plural,
enfatizando-se a forma plural da palavra.
alguns exemplos:
Gênesis 1.26: E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança…
Nota: O uso do verbo façamos e do pronome nossa é revelador do sentido de que Elohim serve para indicar a pluralidade de
pessoas. Sabemos que o nome Elohim por si
só não prova a unidade composta, no entanto o contexto apóia a unidade composta
de Deus (Gn 1.26; 3.22; 11.7).
Gênesis 3.22: Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós,
sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da
árvore da vida, e coma e viva eternamente.
Nota: O uso do pronome
plural nós indica pluralidade de pessoas.
Gênesis 11.7: Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda
um a língua do outro.
Nota: Enquanto o
substantivo Deus está no singular, os
verbos desçamos e confundamos flexionam-se na
primeira pessoa do plural indicando pluralidade de pessoas na unidade.
De modo algum podemos dizer que há uma só pessoa na divindade, os fatos
quando claramente analisados não comportam tal ideia.
4 – contra a trindade
O senhor Antonio Carlos Prieto Martins, no artigo Manifestações de Deus e não de Pessoas Distintas no
site oficial do Conjunto Voz da Verdade declara:
O principal motivo da doutrina romana é
confundir os crentes salvos em Cristo Jesus, os quais possuem um contato íntimo
com Deus e sabe muito bem quem é Deus, e de nada é confundido. Essa doutrina de
que existem 3 Pessoas distintas é tão contraditória, que quem tenta explicá-la,
acaba se confundindo e diminuindo o poder de Deus.
Vocês não creem na Trindade?
Resposta: “Não cremos neste conceito de TRINDADE onde apresentam 3 pessoas distintas,separadas,pois neste conceito Jesus fica menor e sabemos que Jesus não é o filho eterno.” “Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar,tirando a glória Dele.”(site oficial)
Resposta: “Não cremos neste conceito de TRINDADE onde apresentam 3 pessoas distintas,separadas,pois neste conceito Jesus fica menor e sabemos que Jesus não é o filho eterno.” “Este conceito de trindade coloca Jesus em segundo lugar,tirando a glória Dele.”(site oficial)
Resposta Apologética:
Se estas palavras partissem de uma Testemunha de Jeová entenderíamos a
falta de critério usado na abordagem da questão, mas partindo do site de um
conjunto que se diz comungar com as igrejas evangélicas, isto é tanto
inadmissível como perigoso.
A doutrina da Trindade já existia muito antes de aparecer a Igreja
Católica. O termo foi cunhado já no início do II século em sua forma grega,
primeiramente por Teófilo; e em sua forma latina, por Tertuliano.O Concílio de
Nicéia em 325 a.D. reconheceu a deidade absoluta de Jesus, contestando a
doutrina de Ário, que ensinava ser Jesus uma criatura de Deus.
É preciso ainda diferenciar
tecnicamente entre Trindade Ontológica e Trindade Econômica para não cairmos no
mesmo erro da citação acima de que Este conceito de trindade
coloca Jesus em segundo lugar,tirando a glória Dele.
Por Trindade Ontológica queremos dizer que a divindade co-existiu por
toda a eternidade tendo a mesma substância, poder e glória iguais. Já a
Trindade Econômica é como esse mesmo Deus Triúno se manifestou na história do
mundo, em específico na salvação do homem. Há como uma divisão de tarefas para
cada membro da Trindade: primeiro o Pai planejou, segundo o Filho executou esse
plano de redenção deixando a última parte ao Espírito Santo, o qual aplica a
regeneração e a santificação desta obra no coração do salvo. Daí a seqüência:
1º – Pai, 2º – Filho e 3º – Espírito Santo. Erra barbaramente quem pensa que
esta seqüência prova algum tipo de desigualdade entre os membros da Trindade. É
puramente uma questão funcional e não de natureza.
5 – Uso de Palavras Não-bíblicas
Freqüentemente os unicistas desafiam para provar que se mostre na Bíblia
a palavra Trindade, alegando que essa palavra não se encontra na Bíblia.
Resposta Apologética:
Primeiramente, a argumentação de que
a palavra Trindade não é encontrada na Bíblia é algo de pouca monta, já que a
doutrina da Trindade é evidente através das Escrituras Sagradas. Não devemos
supor, que pelo fato de o nome do senhor Carlos Moysés não estar escrito em sua
casa, que não deve morar lá nenhum Carlos Moysés. Mas é justamente isso que
fazem os unicistas da IVV. A esse respeito declarou Myer Pearlman: É verdade que a palavra Trindade não aparece no Novo Testamento; é
uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a
divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber este nome; e a
doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente
chamada Trindade (“Conhecendo as Doutrinas da Bíblia.” Myer
Pearlmen. Ed. Vida,1977, p. 51). Essa analogia de Myer Pearlmen é suficiente
para refutarmos a argumentação de que a palavra Trindade não aparece na Bíblia,
já que o fato da palavra não aparecer na Bíblia não significa que essa doutrina
não seja bíblica.
Em segundo lugar, é importante
lembrar que os unicistas também utilizam palavras que não se encontram na
Bíblia. Palavras como manifestações, modos do
Pai, Filho e Espírito Santo, não se encontram na Bíblia. Seus livros estão
cheios de expressões como Paternidade de Cristo, o Deus
homem etc. Inclusive a expressão A Voz da Verdade não se encontra na Bíblia.
6 – O Significado de Pai e Filho
na Divindade
Os unicistas afirmam que se a doutrina da Trindade for aceita isto
conduz a uma absurda conclusão de Jesus ter dois pais divinos, pois a Bíblia
afirma que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo (Lc 1.35) e ainda foi
chamado Filho de Deus. Como poderia Jesus ser chamado Filho de Deus e ao mesmo
tempo ser gerado pelo Espírito Santo?
…se o Pai fosse uma pessoa distinta e o
Espírito Santo outra pessoa,quem seria o Pai do homem Jesus? (site oficial)
Como poderia, perguntam, a segunda pessoa da Trindade ser gerada pela
terceira Pessoa da Trindade?
Resposta Apologética:
Esse argumento é igual ao usado pelos
mórmons quando falam da Trindade. No entanto, os mórmons admitem uma mãe
celestial e que o Pai celestial desceu do céu com um corpo de carne e ossos e
gerou de Maria a Jesus, retornando ao céu. Quando a Bíblia fala sobre o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo (Ef 1.2-3) e Jesus
como Filho de Deus não está expressando que Deus foi literalmente o progenitor
de Jesus, ou de Jesus como sendo de literalprogênie de
Deus Pai. Tal conceito leva a admitir que Deus tem características sexuais
humanas. Essa admissão é encontrada em mitologias pagãs, mas completamente
estranha à revelação bíblica.
Quando nós, com base nas Escrituras,
chamamos a Deus de Pai e Jesus de o Filho estamos
falando simbolicamente e não literalmente. Estamos dizendo que o relacionamento
amoroso que existe entre Deus Pai e Jesus é semelhante ao amor de um pai para
com o seu filho, mas sem as características que existem no relacionamento entre
pai e filho, fisicamente falando. Quando entendemos isso, não vemos problemas
em afirmar que aquele que criou o corpo humano de Jesus foi o Espírito Santo
(Jo 1.14), muito embora o Pai e o Espírito Santo sejam pessoas distintas na
divindade.
7 – a questão das expressões:
sociedade, sócios ou semelhantes
O Conjunto Voz da Verdade declara: Observação: A Bíblia nos alerta quanto à quantidade variada de
deuses. Portanto, é na própria Bíblia onde encontramos a afirmação que não há
trindade ou variedade de deuses… pois jamais o Senhor permitiria
sociedade em sua divindade.
Resposta Apologética:
Cremos na existência de um só Deus eternamente subsistente em três
Pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Gn 1.26 comparado com Mt 28.19).
Não somos triteístas. Somos monoteístas (Is 43.10; 44.6 comparado com Ap 1.17;
48.12).
Outra observação importante que devemos fazer é que estranhamente este
argumento utilizado pela Igreja Voz da Verdade é o mesmo usado no
islamismo. Assim como o Pr. Carlos Alberto Moysés declara várias vezes que Deus
não tem sócios, sociedade ou semelhantes, Maomé no sétimo século declarava
também. Ambos confundem a unidade composta de Deus, e por não entenderem a
pluralidade de pessoas na unidade divina, concluem precipitadamente que se
trata de uma sociedade ou sócios.
A Igreja Voz da Verdade declara:
Dizemos que são manifestações de UM
DEUS SÓ,somente não cremos que sejam 3 Pessoas distintas (separadas) cada um
com a sua personalidade,como é pregado, pois sendo assim seriam 3 Deuses e não
UM.E sabemos que DEUS É UM. Vou escrever novamente para que não haja dúvidas:
Deus é o PAI,O MESMO DEUS É O FILHO,O MESMO DEUS ESTÁ HOJE CONOSCO COMO
ESPÍRITO SANTO.( Site
oficial – Suely Moysés Cufone)
Resposta Apologética:
Primeiramente, o Espírito Santo
procede do Pai e não é o Pai. Mas, quando vier o Consolador,
que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que
procede do Pai, ele testificará de mim (Jo 15.26). Se
Jesus é tanto o Pai como é o Filho então porque Jesus apelou para o Pai como
sua testemunha: E, se na verdade julgo, o meu juízo é
verdadeiro, porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. E na vossa lei
está também escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Eu sou o que
testifico de mim mesmo, e de mim testifica também o Pai que me enviou (Jo
8.16-18)?
Essa defesa de Jesus perante seus
adversários só teria validade se o Pai fosse uma pessoa diferente da do Filho e
não o próprio Filho. Será que as palavras perderam o sentido? Se não perderam
vemos então duas pessoas: o Pai, dando testemunho de Jesus. Não podemos perder
de vista também o fato de que em João 5.32 está escrito:“Há outro que testifica de mim…” Aqui o termo
empregado para outro foi allos que denota,
mais uma vez, uma pessoa diferente daquela que está falando. Segundo o Greek
English Lexicon of the New Testament and Other Early Christian Literature,
significa outro da mesma raça (citado na
Teologia Sistemática, Stanley M. Orton – CPAD Pág. 682) . O “Dicionário Vine”
declara O termo allos denota uma diferença numérica e denota “outro
do mesmo tipo”(pág. 839). Este termo é o mesmo que aparece em
João 5.7-43 para falar de outra pessoa distinta e não de meras manifestações.(conf. Concordância Fiel do Novo Testamento Vol. I,
Grego-Português, pág. 35).
Segundo, Jesus não é o Pai, pois
ensinou a orar: Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que
estás nos céus, santificado seja o teu nome (Mt 6.9). Jesus
estava na terra e o Pai estava no céu. E, sendo Jesus batizado, saiu
logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e vindo sobre ele. E eis que uma voz dos céus dizia: Este é
o meu Filho amado, em quem me comprazo (Mt 3.16-17).
Perguntamos: quem falava do céu, enquanto Jesus saía das águas?
7 – Pode deus ser mais de uma pessoa?
Observemos a confissão de fé judaica
que reza: “Shema,Israel:Adonai Elohenu Adonai Echad”
Embora o texto áureo do monoteísmo: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor (Dt
6.4), diga que Jeová é “único” ou “um”, esta unidade, entretanto, não é
absoluta. A palavra único no original “echad” está no construto,
revelando uma unidade composta. Semelhantemente, a palavra (echad) aparece com a mesma idéia de pluralidade
em Gênesis 2.24 onde diz que Adão e Eva …serão ambos uma só carne (cf.
11.1-6; Ez. 37.17I Co. 6.16-17). Ninguém jamais pensou em fabricar uma imagem
de Adão com duas máscaras! A IVV deveria saber que a palavra com idéia de
unidade absoluta é yachid, usada
em Gênesis 22.2 onde diz “Toma agora o teu filho o teu único filho…” e também Provérbios 4:3 Jeremias
6;26, e não yachad usada no texto em lide.
Ainda levando em consideração o fato de os judeus em seus confrontos com
os cristãos não saberem responder a estes sobre a Trindade, resolveram em seu
“Princípios de Fé” trocar a palavra “echad” por “yachid”, mostrando uma
flagrante contradição com o texto hebraico original. (As Seitas Perante a
Bíblia – pág. 59-61, César Vidal Manzanares, ed. São Paulo – 1994)
Junta-se a este testemunho uma citação de Zoar, um dos clássicos da
literatura judaica:
“Escuta, ó Israel: Yavé nosso Deus, Yavé é uno. Porque haverá de
mencionar o nome de Deus nesse versículo? O primeiro Javé é o pai de cima, o
segundo é a descendência de Jessé, o messias que virá da família de Jessé
passando por David. O terceiro é o caminho que está debaixo, isto é, o Espírito
Santo que nos mostra o caminho, e estes três são um”. (ibdem)
ELOHIM
A palavra hebraica Elohim que se encontra em Gn 1:1, 16,26 e em muitos
outros é a forma plural de Eloah. Muitos têm alegado que essa palavra expressa
apenas um plural majestático, mas não há um consenso entre os estudiosos e
mesmo entre os rabinos judaicos, pois eles não entendendo perfeitamente essa
palavra e tentando preservar o monoteísmo judaico, deram o nome de plural de majestade,
entretanto um dos maiores rabinos de Israel, Shimeon Ben Joachi pronunciou a
respeito dessa palavra o seguinte:
“ Observai o mistério da palavra
Eloim;encerra três graus,três partes;cada uma
destas partes é distinta,e é uma por si mesma, e não obstante são inseparáveis
uma da outra; estão unidas juntamente e formam um só todo ” (“Como Responder às Testemunhas de Jeová” Vol. I, Esequias Soares da
Silva, editora Candeia)
IV –Natureza x Personalidade
Que uma pessoa sem muito conhecimento bíblico confunda natureza com
personalidade é desculpável. Mas é lamentável que um pastor que sai em defesa
de suas convicções doutrinárias ignore esses princípios elementares do
significado dessas palavras. Tal circunstância leva confusão aos grupos
evangélicos de todo o Brasil, onde o Conjunto Voz da Verdade é muito apreciado.
Qual a diferença entre natureza e personalidade?
Natureza: é a essência ou
condição própria de um ser. O Pai é uma pessoa espiritual e sua natureza é
absolutamente divina. Bendito seja o Deus e Pai de
nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de
novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos (1 Pe 1.3).
Personalidade: é individualidade
consciente. Personalidade indica um ser que tem inteligência, vontade própria e
sensibilidade, tal é a Persona Deitatis. O
Pai é
uma pessoa espiritual, com vontade
própria (1 Co 12.11), inteligência (1 Co 2.10); e
sensibilidade (Ef 4.30), assim também é o Filho e o Espírito Santo.
1 – Pai – Personalidade ou Natureza
Divina?
O Voz da Verdade Declara:
Quando falamos Pai é a divindade e
quando falamos Jesus é o Filho?
Sim,quando Filipe perguntou a Jesus mostra-nos o Pai,é o que nos basta.Jesus falou:
HÁ TANTO TEMPO ESTOU CONVOSCO E NÃO ME TENDES CONHECIDO,AS OBRAS QUE EU FAÇO NÃO FAÇO POR MIM MESMO MAS O” PAI QUE ESTÁ EM MIM “É QUEM AS FAZ.
Sim,quando Filipe perguntou a Jesus mostra-nos o Pai,é o que nos basta.Jesus falou:
HÁ TANTO TEMPO ESTOU CONVOSCO E NÃO ME TENDES CONHECIDO,AS OBRAS QUE EU FAÇO NÃO FAÇO POR MIM MESMO MAS O” PAI QUE ESTÁ EM MIM “É QUEM AS FAZ.
Resposta Apologética:
Em nenhum momento a Bíblia aponta esta sutil diferença criada pelos
unicistas da IVV. Aliás, quando são pressionados a responderem para quem Jesus
orava, saem pela tangente com a resposta de que a carne estava orando ao
espírito, o que é absolutamente irracional do ponto de vista bíblico. A Bíblia
nunca faz confusão quanto a identidade e natureza do Pai e do Filho. O nome
Jesus não tem anda a ver com a natureza de Filho. Raciocinemos: Se o nome de
Deus Pai é Jesus, então por que o próprio Jesus disse que teria um novo nome.
Demais disso diz ainda que escreveria o nome do seu Deus na nova Jerusalém.
Então Deus e Jesus tem nomes diferentes, conseqüentemente duas pessoas
distintas.
2 – Filho – Personalidade ou Natureza
Humana?
A Natureza de Jesus Vista pela IVV
É lógico a parte humana chamava-se
“FILHO” “O anjo disse a Maria: …o ente santo que há de nascer “SERÁ “chamado
FILHO DE DEUS. Será chamado , não era Filho antes. O ministério de “Filho”veio
com o seu nascimento aqui na Terra.” (site oficial)
Resposta Apologética:
Como é possível que pessoas tão
despreparadas venham argumentar sobre aquilo que desconhecem? O nome Jesus foi
dado quando o Filho de Deus se fez carne. E dará à luz um filho e chamará
o seu nome Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados (Mt
1.21) Jesus é o nome humano do Filho de Deus dado pelo anjo Gabriel a Maria: E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e
pôr-lhe-ás o nome de Jesus (Lc 1.31).
Para eles, o Filho, como pessoa espiritual, nunca existiu. Jesus, como
Filho de Deus, passou a existir só depois do seu nascimento em Belém de Judá,
pois Filho é apenas a natureza humana de Jesus.
Esse ensinamento é tão grave, tão
herético que em 1 João 2.22 lemos: Quem é o mentiroso, senão
aquele que nega que Jesus é o Cristo? É o anticristo esse mesmo que nega o Pai
e o Filho.
3 – Espírito Santo – Pessoa Própria ou
O Pai?
“Deus que é Espírito,foi chamado de Pai
e veio ao mundo como homem morrer pelos nossos pecados. Foi revelado seu nome
aos homens: JESUS.” “Não existem 2 Espíritos,ou seja o Espírito do Pai que é
Deus e o Espírito Santo. A Bíblia é bem clara UM SÓ ESPÍRITO.É este Espírito
Santo que está atuando no nosso meio,hoje. (site oficial)
Resposta Apologética:
A Bíblia mostra a personalidade do Espírito Santo e não que o Espírito
Santo é o Pai. Sua personalidade é demonstrada pelos atributos de pessoa que possui:
a) inteligência (1 Co 2.10); vontade própria (1 Co 12.11) e sensibilidade ou
emoção (Ef 4.30). Pode-se afirmar que uma pessoa é alguém que, quando fala,
diz: EU; quando alguém se dirige a ela, diz: TU; e quando se fala dela se diz:
ELA. Isso se vê do Espírito Santo em:
E eu (Jesus) rogarei ao Pai, e ele vos dará outro[allos] Consolador (o
Espírito Santo), para que fique convosco para sempre. Mas
aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai (Ele) enviará em meu nome (Eu), esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará (Ele) lembrar de tudo quanto (eu, Jesus) vos tenho dito (Jo
14.16-26).
E, pensando Pedro naquela visão,
disse-lhe o Espírito: Eis que três homens te buscam. Levanta-te pois, desce, e
vai com eles, não duvidando; porque eu vos enviei (At 10.19-20). Além
disso, o Espírito Santo exerce atividades pessoais, tais como: b) Ele ensina e
faz lembrar os crentes (Jo 14.26); c) Ele testifica de Cristo (Jo 15.26); d)
Ele guia em toda a verdade (Jo 16.13); e) Ele glorifica a Jesus (Jo 16.14); f)
Ele intercede pelos santos (Rm 8.26).
4 – A Quem Foi Paga a Nossa
Redenção
A quem Cristo pagou o resgate? Se for
negada a doutrina ortodoxa da Trindade (negando-se uma distinção entre as
Pessoas da Deidade, conforme quer o modalismo), Cristo teria de pagar o resgate
ou à raça humana ou a Satanás. Posto que a humanidade está morta em
transgressões e em pecados (Ef 2.1), nenhum ser humano teria o direito de
exigir que o Cristo lhe pagasse resgate. Sobraria, portanto, Satanás. Nós, porém,
nada devemos a Satanás. E a idéia de Satanás exigir resgate pela humanidade é
blasfêmia, por causa das implicações. Ao contrário: o resgate foi pago ao Deus
Trino e Uno para satisfazer as plenas reivindicações da justiça divina contra o
pecador caído: E andai em amor, como também Cristo vos amou, e
se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em
cheiro suave (Ef 5.2) (destaque nosso).
Embora mereçamos o castigo decorrente
da justiça de Deus (Rm 6.23), somos justificados pela graça mediante a fé em
Jesus Cristo, somente: E é o que alguns têm sido, mas
haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados
em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus (1 Co
6.11). Fica claro que a doutrina essencial da expiação vicária, na qual Cristo
carregou nossos pecados na sua morte, depende do conceito trinitariano. O unicismo subverte o conceito bíblico da morte penal e vicária de
Cristo como satisfação da justiça de Deus e, em última análise, anula a obra da
cruz (“Teologia Sistemática”, Stanley M. Horton. CPAD, 1999, p.
180).
5 – Argumentos de fácil refutação
Basicamente os textos bíblicos
utilizados pelos grupos que defendem a idéia de que Jesus Cristo é o Pai e o
Espírito Santo ao mesmo tempo, são:
1 – Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
2 – Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?
3 -Quem me – vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9)
4 – E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).
5 – Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17).
1 – Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
2 – Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?
3 -Quem me – vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9)
4 – E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).
5 – Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17).
1. Eu e o Pai somos um (Jo 10.30).
Resposta Apologética:
O artigo “Um” no grego, nesse
versículo, está no neutro, hen, e não no
masculino, heis, e mostra assim duas
pessoas numa só Deidade. Além disso, o verbo está no plural “somos” e não no
singular “sou”, não pode, portanto, Pai e Filho serem a mesma pessoa.
Jesus não está dizendo que é a mesma pessoa do Pai, mas que Ele e o Pai,
são duas pessoas distintas, em unidade divina. Portanto, João 10.30 deve ser
entendido como uma declaração de Jesus da sua unicidade de natureza essencial
com Deus, isto é, que Ele é essencialmente igual a Deus
1. Disse-lhe Jesus:
Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a
mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9).
Resposta Apologética:
Encontramos aqui uma reiteração da
mesma substância da declaração do versículo 7 deste capítulo: Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já
desde agora o conheceis, e o tendes visto. Ver o Pai não
consiste em meramente contemplar a sua presença corporal, mas em conhecê-lo.
Fica subentendido que não ver o Pai, na pessoa de Jesus, é o mesmo que não
conhecê-lo. O Filho é o único expositor do Pai aos homens (Mt 11.27; Jo
12.44-45; Cl 1.15; Hb 1.3; 1 Tm 6.16). O versículo seguinte destrói
completamente os argumentos modalistas: “As palavras que eu vos digo, não as
digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”. Por
ventura se eu orasse: “Senhor, permita que as pessoas te vejam em mim”, iria
você pensar que eu e Deus somos a mesma pessoa? Claro que não!. Jesus tampouco
estava tentando incutir em Filipe que Ele e o Pai eram a mesma pessoa, mas que
tão somente Deus poderia ser visto mais facilmente em Jesus pelas obras
realizadas através Dele.
1. E, havendo dito
isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo (Jo 20.22).
Resposta Apologética:
O Senhor Jesus faz aqui uma doação preliminar do Espírito Santo, que era
o símbolo da promessa e a garantia de que seria concretizada a vinda do
Espírito Santo, quando o Senhor Jesus fosse glorificado (Jo 7.39). Essa vinda,
em seu total poder, não poderia anteceder de forma alguma a ascensão de Jesus e
a sua glorificação (Jo 16.7). Porém o Senhor Jesus quis mostrar que essa pessoa
divina viria (Jo 14.16-26), por isso concedeu aos seus discípulos algo
simbólico do poder que haveriam de receber mais tarde em plena medida (Atos 2).
1. Ora, o Senhor é
Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade (2 Co 3.17).
Resposta Apologética:
Neste versículo, a expressão Senhor
se refere a Cristo, identificando o Espírito Santo com a mesma natureza e
divindade de Jesus, e não que Ele seja a mesma pessoa. Basta observar que no
versículo seguinte, o apóstolo separa as pessoas: Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a
glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como
pelo Espírito do Senhor (2 Co 3.18).
6 – Algumas Provas Bíblicas de Que
Jesus Não é o Pai:
Em todo o tempo em que Jesus esteve
na terra, o Pai esteve no céu: Assim resplandeça a vossa luz
diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso
Pai, que está nos céus (Mt 5.16). Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos
céus (Mt 5.48).
Jesus disse que confessaria os homens
que O confessassem, diante do Pai: Portanto, qualquer que me
confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos
céus. Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de
meu Pai, que está nos céus (Mt 10.32-33).
O Senhor Jesus Cristo está hoje à
destra do Pai: E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus
corações, e rangiam os dentes contra ele. Mas ele, estando cheio do Espírito
Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à
direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que
está em pé à mão direita de Deus (At 7.54-56).
Deus Pai é Pai de Jesus e não Jesus é
Pai de si mesmo: Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor, Jesus
Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares
celestiais em Cristo (Ef 1.3). Graça,
misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho
do Pai, seja convosco na verdade e amor (2 Jo 3).
Jesus entregou o seu espírito a seu
Pai e não a si próprio: E, clamando Jesus com grande
voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto,
expirou (Lc 23.46).
Jesus conhecia o Pai, mas não era o
Pai: Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou
a minha vida pelas ovelhas (Jo 10.15).
7 – Algumas Provas Bíblicas de Que o
Espírito Santo Não É Jesus:
O Espírito Santo é um outro Consolador, procedente do Pai e do Filho: E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que
fique convosco para sempre (Jo 14.16). Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de
enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim (Jo
15.26).
O Filho pode ser blasfemado e o
pecador culpado disso encontra perdão. Mas, se o Espírito Santo for blasfemado,
essa pessoa não encontra perdão. Isto prova haver duas Pessoas: Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos
homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se
qualquer disser alguma palavra contra o Filho do homem, ser-lhe-á perdoado;
mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste
século nem no futuro (Mt 12.31-32).
O Espírito Santo não veio falar de si
mesmo ou glorificar a si mesmo, mas sim para glorificar a Jesus: Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em
toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver
ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de
receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar (Jo 16.13-14).
A descida do Espírito Santo no dia de
Pentecostes foi a prova de que Jesus havia chegado ao céu, onde se assentou à
destra de Deus Pai: E isto disse ele do Espírito
que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não
fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado (Jo 7.39). De sorte que, exaltado pela destra de Deus, e tendo recebido do
Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis (At
2.33).
Jesus afirmou, mesmo depois da
ressurreição, que Ele não era espírito. Portanto,
Ele não podia ser nem o Pai (Jo 4.24) nem o Espírito Santo (Jo 14.16-17-26;
15.26;16.7-15), pois esses são seres espirituais: Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e
vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho (Lc
24.39).
Distinção muito clara é feita entre
as três Pessoas da Trindade: Portanto ide, fazei discípulos
de todas as nações, batizandoas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (Mt
28.19). A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do
Espírito Santo seja com todos vós. Amém (2 Co 13.14).
vi – considerações finais
As igrejas evangélicas unicistas são antitrinitaristas. No entanto,
devemos apontar que seu antitrinitarismo não é igual à posição adotada pelos
unitaristas (Testemunhas de Jeová). Pois os unicistas não nutrem idéias
preconceituosas contra a divindade de Jesus, como é o caso do unitarismo.
Ironicamente os unicistas são antitrinitaristas pelo fato de acharem que a
divindade é exclusivamente a pessoa de Jesus, não compreende a unidade composta
de Deus.
Outra observação que devemos fazer é que os antitrinitaristas, na
maioria das vezes, rejeitam a doutrina bíblica da Trindade, por não
compreenderem a pluralidade de pessoas na deidade, já que para eles é
impossível conceber a pluralidade de pessoas com o monoteísmo de Deuteronômio
6.4. Assim, acreditam eles que a doutrina da Trindade não passa de um triteísmo
mascarado, logo politeísmo, contrário ao monoteísmo.
Entendemos a dedicação e os muitos
esforços humanos dos unicistas, em especial seu raciocínio para descrever e
explicar Aquele que é essencialmente inexplicável ou como
dizem os trinitarianos: A doutrina da Trindade é mistério
– Verdadeiramente tu és o Deus misterioso, o Deus de Israel, o Salvador (Is
45.17 – Versão Atualizada).
Finalmente, o autor
evangélico Robert M. Browman Jr., declara com muita propriedade e profundo
senso de responsabilidade: Existe a escolha, portanto,
entre crer no Deus verdadeiro conforme Ele se revelou, com mistérios e tudo, ou
crer num Deus que é relativamente fácil de ser compreendido, mas que tem pouca
semelhança com o Deus verdadeiro, Os trinitários estão dispostos a conviver com
um Deus a quem não conseguem compreender plenamente, já que
adoramos a Deus conforme Ele se tem revelado.
Fonte:
CACP Ministério
Prof:
Euler Lopes
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