quarta-feira, 20 de maio de 2015

O que é Teologia??




Os vários ramos da Teologia



Teologia Histórica

A Teologia Histórica é o segundo andar do “edifício teológico”. Trata do desenvolvimento histórico da doutrina e se preocupa com as variações sectárias e afastamentos heréticos da verdade bíblica que apareceram durante a era cristã.  Contém duas divisões principais:
a) O estudo do desenvolvimento progressivo das doutrinas da Bíblia. Os que seguem este método, também chamado de “horizontal”, consideram a história do desenvolvimento doutrinário como um todo, em períodos, e traçam a gênese de todos os vários dogmas em cada período específico, deixando-os no estágio em que são encontrados no fim do período, e então os retomam nesse ponto a fim de seguir seu posterior desenvolvimento. Assim, a teologia própria é estudada até o início da Idade Média; daí abandonada, sendo seguida pelo estudo de outras doutrinas até este período.
b) O exame do desenvolvimento histórico das doutrinas da Igreja desde a era apostólica. Os que seguem este método, também chamado de “vertical”, consideram o estudo das doutrinas separadas na ordem em que se tornam o centro da atenção da Igreja, seguindo seu desenvolvimento até atingirem sua forma final. Seguindo este método, o estudo da teologia própria segue das discussões apostólicas, até a sua formulação final nos credos histórico posterior a reforma.
A Teologia Histórica destaca a importância da história secular, bíblica e eclesiástica devido a contribuição que podem oferecer a compreensão do desenvolvimento doutrinário. Abrange:
a) História da Igreja;
b) História das Missões;
c) História dos credos e das confissões;
d) História das doutrinas.

Fonte: Esdras, Costa. HERMENÊUTICA, Fácil e descomplicada. Ed. CPAD.


Profº:   Euler Lopes

 

TEOLOGIA REFORMADA

 

Pergunta: "O que é Teologia Reformada?"


Resposta:
De uma forma geral, Teologia Reformada inclui qualquer sistema de crença que traça suas raízes à Reforma Protestante do século 16. Claro que os Reformadores basearam sua doutrina nas Escrituras, como indicado no credo de “sola scriptura”, então teologia Reformada não é um “novo” sistema de crença mas um que procura dar continuação à doutrina apostólica.

Geralmente, teologia Reformada defende a autoridade das Escrituras, a soberania de Deus, salvação pela graça através de Cristo e a necessidade de evangelismo. Às vezes é chamada de Teologia do Pacto por causa da ênfase dada à aliança que Deus fez com Adão e a nova aliança que veio através de Jesus Cristo (Lucas 22:20).

Autoridade das Escrituras.Teologia Reformada ensina que a Bíblia é a inspirada e confiável Palavra de Deus, suficiente para todos os assuntos de fé e prática.

Soberania de Deus.Teologia Reformada ensina que Deus reina com controle absoluto sobre toda a criação. Ele predeterminou todos os eventos e, portanto, nunca se frustra com as circunstâncias. Isso não limita a vontade da criatura, nem faz de Deus o autor do pecado.

Salvação pela graça.Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês):

T- Depravação Total do Homem (Total depravity).O homem é completamente fraco em seu estado de pecado, está sob a ira de Deus e de forma alguma pode agradar a Deus. Depravidade total também significa que o homem não vai naturalmente procurar conhecer a Deus, até que Deus graciosamente o encoraje a assim agir. (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).

U – Eleição incondicional (Unconditional election). Deus, da eternidade passada, escolheu salvar uma grande multidão de pecadores, a qual nenhum homem pode numerar (Romanos 8:29-30; 9:11; Efésios 1:4-6:11-12).

L- Expiação limitada (Limited Atonement). Também chamada de “redenção particular”. Cristo tomou sobre Si o julgamento do pecado dos eleitos e, portanto, pagou por suas vidas com a Sua morte. Em outras palavras, Ele não só tornou salvação “possível”, Ele na verdade a obteve por aqueles que Ele tinha escolhido (Mateus 1:21; João 10:11; 17:9; Atos 20:28; Romanos 8:32; Efésios 5:25).

I - Graça irresistível (Irresistible Grace). Em seu estado depois da Queda ao pecado, o homem resiste ao amor de Deus, mas a graça de Deus trabalhando em seu coração faz com que tal homem deseje o que ele tinha previamente resistido. Quer dizer, a graça de Deus não vai falhar em realizar o seu trabalho de salvação na vida dos eleitos (João 6:37,44; 10:16).

P – Perseverança dos santos (Perseverance of the saints). Deus protege Seus santos de se desviar totalmente; por isso salvação é eterna (João 10:27-29; Romanos 8:29-30; Efésios 1:3-14).

A necessidade de evangelismo.Teologia reformada ensina que Cristãos estão nesse mundo para fazer a diferença, espiritualmente através de evangelismo e socialmente através de uma vida santa e de humanitarismo.

Outras características da teologia Reformada geralmente incluem a observância de dois sacramentos (batismo e comunhão), uma opinião de que certos dons espirituais cessaram (esses dons não foram mais passados à igreja), e uma opinião não dispensacionalista das Escrituras. As igrejas reformadas dão grande valor ao ensino de João Calvino, John Knox, Ulrico Zuínglio e Martinho Lutero. A Confissão de Fé de Westminster incorpora a teologia da tradição Reformada. Igrejas modernas na tradição reformada incluem a Prebisteriana, Congregacionalista e algumas Batistas.




TEOLOGIA MORAL


Teologia Moral é uma disciplina e um campo de conhecimento da Teologia que se dedica ao estudo e à pesquisa do comportamento humano em relação a princípios morais e ético-religiosos. O vocábulo moral provém do latim mos - moris, que inicialmente significava costume, evoluindo depois para uma significação equivalente ao grego εθoς = ethos.


Na teologia cristã, a teologia moral ocupa-se do estudo sistemático dos princípios ético-morais subjacentes à doutrina e às verdades reveladas por Deus, bem como à sua aplicação posterior à vida quotidiana do cristão e da Igreja. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática.

Os cristãos acreditam que o Evangelho e as verdades e doutrinas reveladas, estudadas pela teologia dogmática, estão essencialmente ligadas a uma ética e conduta moral, algo que eles têm que cumprir e obedecer para serem salvos.


TEOLOGIA DOGMÁTICA.


teologia dogmática é a parte da teologia cristã que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades reveladas por Deus, isto é, do dogma e das verdades fundamentais com ele vinculadas, às quais se deve em primeiro lugar o assentimento da fé. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática

TEOLOGIA SISTEMÁTICA.


A teologia sistemática, que engloba ramos como a teologia doutrinal, a teologia dogmática e a teologia filosófica, é o ramo da teologia cristã que reúne as informações extraídas da pesquisa teológica, organiza-as em áreas afins, explica as aparentes contradições e, com isso, fornece um grande sistema explicativo (diferentemente da teologia histórica ou da teologia bíblica).

A teologia sistemática está também associada por vezes à apologética cristã, que serve para, no confronto teológico entre diferentes religiões e heresias, defender a doutrina da confissão cristã em causa.


HISTÓRIA.

A tentativa de organizar as variadas ideias da religião cristã (e os vários tópicos e temas de diversos textos da Bíblia) em um sistema simples, coerente e bem-ordenado é uma tarefa relativamente recente. Na ortodoxia oriental, um exemplo antigo é a Exposição da Fé Ortodoxa, de João de Damasco (feita no século VIII), na qual se tenta organizar, e demonstrar a coerência, a teologia de textos clássicos da tradição teológica oriental.

No Ocidente, as Sentenças de Pedro Lombardo (no século XII), em que é coletada uma grande série de citações dos Pais da Igreja, tornou-se a base para a tradição de comentário temático e explanação da escolástica medieval -- cujo grande exemplo é a Suma Teológica de Tomás de Aquino. A tradição protestante de exposição temática e ordenada de toda a teologia cristã (ortodoxia protestante) surgiu no século XVI, com os Loci Communes de Filipe Melanchton e as Institutas da Religião Cristã de João Calvino.


No século XIX, especialmente em círculos protestantes, um novo modelo de teologia sistemática surgiu: uma tentativa de demonstrar que a doutrina cristã formava um sistema coerente baseado em alguns axiomas centrais. Alguns teólogos se envolveram, então, numa drástica reinterpretação da fé tradicional com o fim de torná-la coerente com estes axiomas. Friedrich Schleiermacher, por exemplo, produziu Der christliche Glaube nach den Grundsatzen der evangelischen Kirche, na década de 1820, onde a ideia central é a presença universal em meio à humanidade (algumas vezes mais oculta, outras, mais explícita) de um sentimento ou consciência de "absoluta dependência"; todos os temas teológicos são reinterpretados como descrições ou expressões de modificações deste sentimento.

TEOLOGIA EXEGÉTICA

Quando nos dispomos pregar a palavra de Deus é necessário que se busque a correta  interpretação da Bíblia, para isso o pregador deve recorrer a duas importantes ciências da teologia que nos ajuda a entender e interpretar melhor o que o texto nos quer transmitir. Estas ciências são a HERMENÊUTICA e a EXEGESE.
HERMENÊUTICA- É uma palavra grega que significa interpretar, traduzir explicar. Ao se ler um texto bíblico, cada pessoa pode ter um ponto de vista diferente. Pois o ponto de vista depende das necessidades, carências e experiências vividas por cada um. Daí a necessidade de entendermos o texto por si mesmo, independente de nossas experiências pessoais, procurando manter a fidelidade do texto.
EXEGESE-  Essa palavra é uma transliteração do grego e significa narração, exposição. É formada por duas palavras gregas: A primeira, significa "fora de" e a segunda "conduzir, guiar", aplicando-se ao texto bíblico significa " tirar para fora a mensagem do texto".
A bíblia é composta de diversos tipos de literaturas e estilos, por isso é necessário interpretar corretamente cada uma delas, A preocupação de um autor de um livro poético é diferente da de um autor de um livro histórico, neste há inclusão de detalhes que são dispensáveis naquele,  como datas, governantes, posição geográfica, a fim de levar  uma compreensão exata do que o autor quis dizer. Vejamos alguns princípios que regem a exegese e a hermenêutica:

1-PRICÍPIOS DA EXEGESE
a)    Defina bem o texto - Evite pregar em textos muito pequenos para não deixar coisas importantes no contexto, ou em textos muito extensos, pois nesse caso a exposição pode ficar superficial, devemos buscar a definição da "perícope" (bloco central de raciocínio de em determinado texto).
b)    Compare diversas traduções - Leia o texto em outras traduções, pois os tradutores podem dar sinônimos de palavras e isso facilita seu entendimento.
c)    Analise o contexto do texto - Estude o parágrafo anterior e o posterior (contexto imediato). Descubra de onde o personagem está vindo e para onde está indo, o que aconteceu antes e depois do episódio que você está estudando. Analise a ideia ou contexto do livro que está sendo estudado (contexto remoto).
d)    Analise a gramática do texto - Anote o significado das palavras que você não conhece, marque os verbos e faça ligações entre eles, separe as perguntas e as respostas que tiver no texto, marque palavras repetidas, comparações, etc.
e)    Defina o tipo de literatura - Seu texto está nos livros histórico ou profético? Está nos evangélicos ou nas cartas? Essa definição é muito importante para compreender o texto.
f)      Pesquise o contexto histórico-geográfico - Use um dicionário bíblico e entenda quem era o personagem principal do texto, quem era sua família, sua profissão, para onde estava indo de onde estava vindo. Quem era o governador ou Rei, etc. Anote todas as informações que o texto traz a fim de conhecer melhor o que estava acontecendo. Consulte sempre um mapa bíblico.
g)    Identifique o tema principal - Qual é a idéia principal do texto? O que o texto está ensinando? Qual é o pensamento dominante? Tem outras idéias secundárias? Normalmente o tema principal do texto indicará o tema do sermão.
h)    Pesquise em comentários Bíblicos- Não dispense os comentários Bíblicos, pois é o fruto do trabalho árduo de pessoas que já estudaram o texto e anotaram as suas conclusões. Porém só consulte um comentário após ter passados por todos os princípios anteriores.


A TEOLOGIA LUTERANA

Prof. Dr. Joaquim José de Moraes Neto
Resumo
A Teologia de Lutero estabelecerá a partir do século XVI um novo paradigma teológico . Tratase da dimensão da cruz como ponto central , tanto da espiritualidade quanto da reflexão teológica. Na verdade Lutero trará para o interior da reflexão teológica da época a dimensão de um fundamento que se fixa não mais na totalidade da salvação, mas sim na alteridade. A cruz de Jesus Cristo quebra os paradigmas judaizantes, trazendo consigo a dimensão de um novo mundo: o mundo do Outro.
Palavras chave: Lutero, teologia, cruz, paradigma.
Pouco depois de 1300 havia iniciado a queda da maioria das instituições e dos ideais do período feudal. O espírito da cavalaria, o regime feudal, o Santo Império Romano, a autoridade universal do papado e o sistema corporativo do comércio e da insipiente indústria iam aos poucos enfraquecendo. A decadência institucional deste período levaria o antigo sistema ao desaparecimento.

Esgotava-se o período das catedrais góticas e a filosofia escolástica iniciava seu período de descrédito no mundo da cultura. Em lugar de tudo isto surgiam novas instituições com um modo de pensar
que será responsável para imprimir, aos séculos que adviriam, uma grande mudança paradigmática em relação à anterior. Neste final de idade Média onde se respirava as condições críticas de uma cultura em declínio e uma outra que surgia é que surge a Reforma. Os homens não mais concebiam o universo como um sistema finito de esferas concêntricas a girar em torno da terra e existindo para a glória e salvação do homem. Já no século XV a teoria heliocêntrica sugeria um cosmos de extensão infinitamente maior, em que a Terra não era senão um pequeno mundo no sistema planetário.
Admitir-se-ia, por outro lado, que a autoridade do governante não estava submetida a qualquer limitação, e alguns chegavam a dizer que o príncipe, no exercício.
de suas funções não devia obediência aos canônes da moralidade. Tudo quanto fosse necessário para manter seu poder ou o poder do estado que governava, justificava-se por si mesmo.
Ficava evidenciado que esta cultura era tanto um eco do passado quanto um prenúncio do futuro. Grande parte da sua literatura, arte e filosofia bem como sua cultura popular tinham raízes na cultura grega ou nos lendários séculos da Idade Média. Todo este movimento cultural foi o terreno em que se desenvolveu a Reforma.
A teologia medieval, basicamente centrada no ideal escolástico, via-se questionada pela nova ordem que se instalava na sociedade. Um novo paradigma estava sendo delineado no seio da cultura. Neste contexto é que surge a teologia de Lutero.
Esta nova teologia não mais meditará sobre o ser de Deus. Teologia é revelação. Mas esta revelação é revelação indireta. Esta teologia reconhece Deus não a partir de obras, mas através da cruz. Teologia da Cruz é aquela que não se reconhece na "glória", mas nos "sofrimentos". Este conhecimento de Deus através do "sofrimento" é assunto da Fé.
No Debate de Heidelberg Lutero define o teólogo da seguinte maneira:
19. Não se pode designar condignamente de teólogo quem enxerga as coisas invisíveis de Deus compreendendo-as por intermédio daquelas que estão feitas;
20. mas sim quem compreende as coisas visíveis e posteriores de
Deus enxergando-as pelos sofrimentos e pela cruz.
21. O teólogo da glória afirma ser bom o que é mau, e mau o que é
bom; o teólogo da cruz diz as coisas como elas são.
22. A sabedoria que enxerga as coisas invisíveis de Deus,
compreendendo-as a partir das obras, se envaidece, fica cega e
endurecida por completo.

TEOLOGIA ARMINIANA

arminianismo é uma escola de pensamento soterológica, baseada sobre ideias do holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609)1 e seus seguidores históricos, os remonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."
O arminianismo holandês foi originalmente articulado na Remonstrância (1610), uma declaração teológica assinada por 45 ministros e apresentado ao estado holandês. O Sínodo de Dort (1618–19) foi chamado pelos estados gerais para mudar a Remonstrância. Os cinco pontos da Remonstrância afirmam que:
1.  a eleição (e condenação no dia do jugamento) foi condicionada pela fé racional ou não-fé do homem;
2.  a expiação, embora qualitativamente suficiente à todos os homens, só é eficaz ao homem de fé;
3.  sem o auxílio do Espírito Santo, nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus;
4.  a graça não é irresistível; e
5.  os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça.
O ponto crucial do arminianismo remonstrante reside na afirmação de que a dignidade humana requer a liberdade perfeita do arbítrio.2
Desde o século XVI, muitos cristãos incluindo os batistas (Ver A History of the Baptists terceira edição por Robert G. Torbet) tem sido influenciados pela visão arminiana. Também os metodistas, os congregacionalistas das primeiras colônias da Nova Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitários nos séculos XVIII e XIX.
O termo arminianismo é usado para definir aqueles que afirmam as crenças originadas por Jacobus Arminius, porém o termo também pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de ideias, incluindo as de Hugo GrotiusJohn Wesley e outros. Há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicado corretamente: arminianismo clássico, que vê em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que vê em John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano é por vezes sinônimo de metodismo. Além disso, o arminianismo é muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus críticos que o incluem no semipelagianismo ou no pelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essas alegações.3
Dentro do vasto campo da história da teologia cristã, o arminianismo está intimamente relacionado com o calvinismo (ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma história e muitas doutrinas. No entanto, eles são frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergências sobre os detalhes das doutrina da predestinação e da salvação.4

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Teologia da prosperidade (também conhecida como Evangelho da prosperidade) é uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a , o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel. Baseada em interpretações não-tradicionais da Bíblia, geralmente com ênfase no Livro de Malaquias, a doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade. Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um ato de fé, o que Deus irá honrar.
Seus defensores ensinam que a doutrina é um aspecto do caminho à dominação cristã da sociedade, argumentando que a promessa divina de dominação sobre as Tribos de Israel se aplica aos cristãos de hoje. A doutrina enfatiza a importância do empoderamentopessoal, propondo que é da vontade de Deus ver seu povo feliz. A expiação (reconciliação com Deus) é interpretada de forma a incluir o alívio das doenças e da pobreza, que são vistas como maldições a serem quebradas pela fé. Acredita-se atingir isso através da visualização e da confissão positiva, o que é geralmente professado em termos contratuais e mecânicos.
Foi durante os avivamentos de cura (healing revivals) dos anos 1950 que a teologia da prosperidade ganhou proeminência nos Estados Unidos, apesar de especialistas terem ligado suas origens ao Movimento Novo Pensamento. Os ensinamentos da teologia da prosperidade mais tarde ganharam proeminência no Movimento Palavra de Fé e no televangelismo dos anos 1980. Nos anos 1990 e 2000, foi adotada por líderes influentes do Movimento Carismático e promovida por missionários cristãos em todo o mundo, levando à construção de megaigrejas. Líderes proeminentes no desenvolvimento da teologia da prosperidade incluem E. W. KenyonOral RobertsT. L. Osborn e Kenneth Hagin.
As igrejas nas quais o evangelho da prosperidade é ensinado são geralmente não-denominacionais e usualmente dirigidas por um único pastor ou líder, apesar de que algumas desenvolveram redes que se assemelham a denominações. Algumas igrejas dedicam um longo tempo aos ensinamentos sobre o dízimo, o discurso positivo e a fé. Igrejas da prosperidade geralmente ensinam sobre responsabilidade financeira, apesar de que alguns jornalistas e acadêmicos têm criticado seus conselhos nessa área como enganosos. A teologia da prosperidade tem sido criticada por líderes dos movimentos pentecostal e carismático, assim como de outras denominações cristãs. Eles argumentam que ela é irresponsável, promove a idolatria e é contrária às escrituras. Alguns críticos argumentam que a teologia da prosperidade cultua organizações autoritárias, onde os líderes controlam as vidas dos membros. A doutrina tem seu sucesso atribuído, na Coreia do Sul, às semelhanças com a cultura xamanista tradicional. No Ocidente, a teologia da prosperidade tem atraído seguidores das classes média e baixa e tem seu sucesso ligado às semelhanças com o fenômeno do culto à carga, à religiosidade tradicional africana e à teologia da libertação das igrejas afro-americanas.

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Teologia da Libertação é uma corrente teológica cristã nascida na América Latina, depois do Concílio Vaticano II e da Conferênciade Medellín (Colômbia, 1968), que parte de considerar que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres1 e de especificar que a teologia, para concretar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais.2
É considerada como um movimento supra-denominacional, apartidário e inclusivista de teologia política, que engloba várias correntes de pensamento3 que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Ela foi descrita, pelos seus proponentes como reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais,4 mas, seus oponentes a descrevem como marxismorelativismo ematerialismo cristianizado.5
A teologia da libertação está diretamente relacionada ao movimento ecumênico, que busca o retorno à união e comunhão de todas as religiões cristãs. Embora a mesma tenha se iniciado como um movimento dentro da Igreja Católica, na América Latina nos anos 1950-1960, o termo foi cunhado pelo padre peruano Gustavo Gutiérrez em 1971, sendo que mais de 40 anos depois se reconciliou com o Vaticano6 . Escreveu um dos livros mais famosos do movimento, A Teologia da Libertação. Outros expoentes são Leonardo Boff do BrasilJon Sobrino de El Salvador, e Juan Luis Segundo do Uruguai.7 8 9 A teologia da libertação desde os anos 90 sofreu um forte declínio, principalmente devido ao envelhecimento de suas lideranças, e a falta de participação das recentes gerações nesse movimento.10
A influência da teologia da libertação diminuiu após seus formuladores serem condenados pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) em 1984 e 1986. A Santa Sé condenou os principais fundamentos da teologia da libertação, como a ênfase exclusiva no pecado institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério, e o incentivo à luta de classes.11 12
Em seu recente discurso aos dirigentes do CELAM, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Papa Francisco alertou para o risco da ideologização da mensagem evangélica quando a teologia toma como base as ciências sociais.



Prof. Euler Lopes

Regras da ABNT para trabalhos Científicos


Alunos do IBTEL, este link está sendo disponibilizado para pesquisas e trabalhos Científicos. Conheça as regras e normas da ABNT, para realização de ótimos trabalhos.





Regras da abnt 2015 



Diretor: Euler Lopes

sexta-feira, 27 de março de 2015

Curso de Bacharel em Teologia












INSTITUTO BÍBLICO TEOLÓGICO ELOHIM 
INSTITUIÇÃO RESPONSÁVEL
  

CNPJ. 14.903.373-0001.87
Codigo  e descrição da atividade Econômica Principal
Nº 94.91.0.00 Atividade Religiosa
Informações: (92) 3581-2421/ 99458-4599/ 99458-6016/ 99197-2051  99208-1721
       Falar com Pastores: Cícero Carvalho, Herinaldo Taveira ou Diaconisa Fabiola .

 

 

FICHA DE INSCRIÇÃO



Solicito minha inscrição neste Instituto na área por mim escolhida.

Nome: ______________________________________________________________________________________________

Filiação: _________________________________________e__________________________________________________

Data de Nascimento: _______________ Local de Nascimento: _________________Estado:______________

RG: _______________________________CPF __________________________________ Sexo:     F (   )   M (    )

Endereço: ____________________________________, Nº _______ Complemento___________________________.

Bairro: _______________________CEP_______________ Cidade ______________Estado:____________________

Telefones: Residencial ( ___)  __________________  comercial (____) __________________________________ 

Celular (____) ______________ outros (___) ____________ e-mail _______________________________________

Denominação evangélica ___________________________________________________________________________

Pastor (a): __________________________________________________________________________________________

Função na Igreja: ___________________________________________________________________________________

                           
                                 
                                                  SOBRE O CURSO
Os Curso Livre de Bacharelado em Teologia e outros cursos de Teologia é destinado para aquelas pessoas que possuem o Ensino Médio completo (antigo 2º grau) e que gostariam de obter um maior conhecimento da Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada e, em caso vocacionais, serve como preparatório para o ministério pastoral.
Através deste curso o aluno obtém conhecimentos teóricos e práticos nas diversas áreas do saber da Teologia, tendo-os como norteadores do pensamento teológico.
Válido principalmente para fins eclesiásticos e ou enriquecimento intelectual teológico.

Objetivos

Criar um espaço específico de reflexão e estudo investigativo sobre a religião a partir da perspectiva da teologia cristã reformada pentecostal;
Formar professores e pesquisadores na áreas da teologia e religião;
Preparar líderes, pastores, missionários, diáconos, professores de escolas bíblicas, membros de igrejas, convenções, conselhos, seminários, institutos teológicos, agências missionárias, conferencistas,  palestrantes, etc.

Estrutura do Curso

A Grade Curricular do Curso Bacharelado em Teologia é composta por 30 disciplinas modulares criteriosamente organizadas para um melhor aproveitamento do curso, sendo considerada uma as mais abrangentes do meio teológico atual.
Regularmente o aluno realiza um um módulo mensal, mas caso tenha interesse em concluir o curso mais rapidamente poderá a seu critério, realizar dois ou mais módulos por mês.

 

Requisitos obrigatórios

1.  Ensino médio completo – 2º Grau em caso do aluno precisar fazer a convalidação do diploma, do contrario para curso livre e exercer o ministério não e necessário;
2. Estar devidamente matriculado;
3. Concluir pelo menos 1 módulo por mês.
Em relação ao curso IBTEL
1. Curso: Bacharel em Teologia (Três anos)
2. Taxa de matrícula do curso Bacharel em Teologia: R$ 25,00. Direito a Carteirinha
3. O Monitor que lecionará as aulas será proveniente do Instituto IBTEL
4. As aulas serão ministradas uma vez por semana, segundo calendário estabelecido pela diretoria do IBTEL.
5. As aulas no mínimo terão 3 horas de duração. Também podemos rever os horários segundo o parecer do IBTEL.
6. Todos os trabalhos estabelecidos pelo monitor aos alunos serão avaliados com                                notas de 0 a 05.
7. Todos os trabalhos estabelecidos pelo Monitor terão data de entregas. Não aceitando a entrega do mesmo depois da data prevista.
8. É permitido ao aluno faltar duas vezes por módulo, com justificativa. Pois cada módulo contém 5 lições.  Caso contrário o aluno será impossibilitado de fazer a prova e já entra em recuperação pagando uma taxa exigida pelo IBTEL.
O aluno não poderá acumular mais de 20 faltas durante o curso, sob pena de ser reprovado por falta.
9. Ao término de cada módulo é aplicado um teste de avaliação, cuja nota média para aprovação é 7,0 (sete). Caso o aluno não consiga atingir a nota média, deverá procurar o monitor que entrará em contato com o Coordenador do IBTEL.
10. Caso o aluno queira interromper o curso só será possível com o aviso de um mês de antecedência.
Conclusão do Curso
1.  Ao termino do curso de teologia, o aluno receberá o diploma de BACHAREL EM TEOLOGIA.
2. Com o diploma de BACHAREL EM TEOLOGIA no IBTEL o aluno poderá se cadastrar no CTB (conselho de teólogo do Brasil), e obter o registro de Teólogo de nível eclesiástico pagando uma taxa exigida pelo mesmo. 
             

Grade Curricular do curso de Bacharel em Teologia


  • Bibliologia
  • Doutrinas Bíblicas I
  • Hamartiologia
  • Antropologia
  • Homilética
  • Hermenêutica
  • Angelologia
  • Demonologia
  • Pentateuco
  • Livros históricos
  • Livros Poéticos
  • Profetas Maiores
  • Profetas  Menores
  • Doutrinas bíblicas II
  • Os Evangelhos

  • Panorama do N.T
  • Cultura Bíblica
  • Apologética
  • Geografia Bíblica
  • Cristologia
  • História da Igreja
  • Epístolas Paulinas
  • Arqueologia Bíblica
  • Escatologia
  • Eclesiologia
  • Missiologia
  • Educação Cristã
  • Ética Cristã
  • Evangelismo
  • Teologia Pastoral


Atividades  Extra Curriculares  
                                           
Português Instrumental                             Teologia do Antigo Testamento
Metodologia Cientifica                                       Seitas e Heresias
Tipologia Bíblica                                              Análise  Bíblica da Hermenêutica
Psicologia Pastoral                                         Noções do Grego Bíblico
Introdução a Teologia                                    Trabalho de conclusão do curso (TCC)



             Termo de compromisso

             Comprometo-me a:
 1.  Assistir às aulas e aceitar a orientação sadia da palavra de Deus, através do Monitor.
 2. Divulgar os trabalhos do IBTEL convidando novos alunos;
 3. Submeter-me às provas e aos trabalhos solicitados;
 4. Entregar toda a documentação exigida para a matrícula.
 5. Li e estou ciente de todas as obrigações que cabem a mim e que as mesmas são expressão da                                                             verdade, também estou datando e assinando o presente termo de compromisso.




 ____________________________________________________________________ DIA______MÊS_____ANO_____
                                                    Aluno





 

                    Euler Lopes Moreira                                                                     Cícero de Carvalho
                    Presidente do IBTEL                                                                                   Secretário






                                                  

domingo, 18 de janeiro de 2015

A Inspiração da Bíblia



        Os ataques contra a Autoridade da Bíblia Sagrada são muitos, e os mesmos (contrários), dizem que a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas contém. E muitos acreditam nisso, sem ao menos pesquisar bíblica e teologicamente falando, esse conceito sofrível. Por isso venho por meio deste estudo escrito por “Myer Pearlman”, contestar essa “filosofia” desprovida de Deus, que não honram as Escrituras.  
Os estudantes da Bíblia, precisam entender que na teologia existem várias teorias, no que tange ao estudo da mesma (Bíblia).  E vocês precisam conhecer elas e “filtrar” para poderem aplicar verdadeiramente em suas vidas. Uns dos piores ataques é contra a Inspiração Bíblica.

A inspiração das Escrituras

É possível que haja uma religião divina sem uma literatura inspirada. O professor Francis L. Patton observa: Se o simples testemunho histórico prova que Jesus operou milagres, pronunciou profecias e proclamou a sua divindade — se pode ser demonstrado que ele foi crucificado para redimir os pecadores, e que foi ressuscitado dentre os mortos e que fez com que o destino dos homens dependesse de aceitá-lo como o seu Salvador então, seja inspirado ou não os registros, aí daquele que descuidar de tão grande salvação."
Todavia, não tomaremos mais tempo com isso, pois não existe nenhuma dúvida quanto à inspiração da Bíblia. "Toda a Escritura é divinamente inspirada" (1iteralmente: "é dada pelo sopro de Deus"), declara Paulo. (2 Tim. 3:16.) "Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum", escreve Pedro, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21).
Assim define Webster a inspiração: "A influência sobrenatural do Espírito de Deus sobre a mente humana, pela qual os profetas, apóstolos e escritores sacros foram habilitados para exporem a verdade divina sem nenhuma mistura de erro."
Segundo o Dr. Gaussen, "é o poder inexplicável que o Espírito Divino exerce sobre os autores das Escrituras, em guiá-los até mesmo no emprego correto das palavras e em preservá-los de todo erro, bem como de qualquer omissão".
Assim escreveu o Dr. William Evans: "A inspiração divina, como é definida por Paulo nesta passagem (2 Tim. 3:16), é a forte inspiração espiritual de Deus sobre os homens, capacitando-os a expressarem a verdade; é Deus falando pelos homens, e, por conseguinte, o Antigo Testamento é a Palavra de Deus. é como se o próprio Deus houvesse falado cada palavra do livro. As Escrituras são o resultado da divina inspiração espiritual, da mesma maneira em que o falar humano é efetuado pela respiração pela boca do homem." Podemos dizer que a declaração de Pedro revela que o Espírito Santo estava presente duma maneira especial e milagrosa sobre os escritores das Escrituras, revelando-lhes as verdades que antes não conheciam e guiando-os também no registro dessas verdades e dos acontecimentos, dos quais eram testemunhas oculares, de maneira que as pudessem apresentar com exatidão substancial ao conhecimento de outrem.
Alguém poderia julgar, pela leitura dos vários credos do Cristianismo, tratar-se de assunto bastante complexo, cheio de enigmas teológicos e tumultuado por definições obscuras. Mas esse não é o caso. As doutrinas no Novo Testamento, como originalmente expostas, são simples e se podem definir de maneira simples. Mas, com o passar dos tempos, a igreja teve de enfrentar doutrinas e opiniões erradas e defeituosas e, por conseguinte, se viu obrigada a cercar as doutrinas certas e protegê-las com definições. Deste processo de definições exatas e detalhadas surgiram os credos. As declarações doutrinárias ocuparam uma parte importante e necessária na vida da igreja, e constituíram impedimento a seu progresso unicamente quando uma aquiescência formal a essas doutrinas veio substituir a viva fé.

A doutrina da inspiração, como é apresentada na Palavra, é relativamente simples, mas o surgimento de ideias errôneas criou a necessidade de proteger a doutrina certa com definições completas e detalhadas. Contra certas teorias, é necessário afirmar que a inspiração das Escrituras é a seguinte:

1. Divina e não apenas humana.
O modernista identifica a inspiração das Escrituras Sagradas com o mesmo esclarecimento espiritual e sabedoria de que foram dotados tais homens como: Platão, Sócrates, Browning, Shakespeare e outros gênios do mundo literário, filosófico e religioso. A inspiração, dessa forma, seria considerada apenas uma coisa puramente natural. Essa teoria rouba à palavra inspiração todo o seu significado e não combina, em absoluto, com o caráter sobrenatural e único da Bíblia.

2. Única e não comum.
Alguns confundem a inspiração com o esclarecimento. Refere-se à influência do Espírito Santo, comum a todos os cristãos, influência que os ajuda a compreender as coisas de Deus. (1 Cor. 2:4; Mat. 16:17.) Eles mantêm a opinião de que esse esclarecimento espiritual seja a explicação adequada sobre a origem da Bíblia. Existe uma faculdade nos homens, assim ensinam eles, pela qual se pode conhecer a Deus — uma espécie de olho da sua alma. Quando os homens piedosos da antiguidade meditavam em Deus, o Espírito Divino vivificava essa faculdade, dando-lhes esclarecimentos dos mistérios divinos.
Tal esclarecimento é prometido aos crentes e tem sido experimentado por eles. Mas este esclarecimento não é o mesmo que inspiração. Sabemos, segundo está escrito em 1Ped. 1:10-12, que às vezes os profetas recebiam verdades por inspiração e lhes era negado esclarecimento necessário à sua compreensão dessas mesmas verdades. O Espírito Santo inspirou-lhes as palavras mas não achou por bem conceder-lhes a compreensão do seu significado. Descreve-se Caifás como sendo o veículo duma mensagem inspirada (se bem que o foi inconscientemente), apesar de não estar ele pensando em Deus. Nesse momento ele foi inspirado mas não esclarecido. (João 11:49-52.)
Notemos duas diferenças especificas entre o esclarecimento e a inspiração:
1) Quanto à duração, o esclarecimento é, ou pode ser, permanente. "Porém a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Prov. 4:18). A unção que o crente recebeu do Espírito Santo permanece nele, diz o apóstolo João (1 João 2:20-27). Por outro lado, a inspiração também era intermitente; o profeta não podia profetizar à vontade, porém estava sujeito à vontade do Espírito. "Porque a profecia não foi antigamente produzida por vontade de homem algum", declara Pedro, "mas os homens santos de Deus falaram, inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Que a inspiração profética viesse repentinamente está implícita na expressão comum: "A palavra do Senhor veio" a este ou àquele profeta. Uma distinção clara se faz entre os verdadeiros profetas, que profetizam unicamente quando lhes vem a palavra do Senhor, e os profetas falsos que proferem uma mensagem de sua própria invenção. (Jer. 14:14; 23:11, 16; Ezeq. 13:2, 3.)

2) O esclarecimento admite a graduação, enquanto a inspiração não admite graduação alguma. Varia de pessoa para pessoa o grau de esclarecimento, mas no caso da inspiração, no sentido bíblico, a pessoa ou recebeu ou não recebeu a inspiração.

3. Viva e não mecânica.
A inspiração não significa ditado, no sentido de que os escritores fossem passivos, sem que tomassem parte as suas faculdades no registro da mensagem, embora sejam algumas porções das Escrituras ditadas, como por exemplo os Dez Mandamentos e a Oração Dominical. A própria palavra inspiração exclui o sentido de ação meramente mecânica, e a ação mecânica exclui qualquer sentido de inspiração. Por exemplo, um homem de negócios não inspira sua secretária ao ditar-lhe as cartas. Deus não falou pelos homens como quem fala por um alto falante. Antes seu Divino Espírito usou as suas faculdades mentais, produzindo desta maneira uma mensagem perfeitamente divina, e que, ao mesmo tempo, conservasse os traços da personalidade do autor. Embora seja a Palavra do Senhor, é ao mesmo tempo, em certo sentido, a palavra de Moisés, ou de Paulo.
"Deus nada fez a não ser pelo homem; o homem nada fez, a não ser por Deus. é Deus quem fala no homem, é Deus quem fala pelo homem, é Deus quem fala como homem, é Deus quem fala a favor do homem."
O fato de haver cooperação divina e humana na produção duma mensagem inspirada é bastante conhecido; mas "como" se processa esta cooperação é mais difícil de explicar. Se o entrosamento de mente e corpo já é um mistério demasiado grande, mesmo para o homem mais sábio; quanto mais não é o entrosamento do Espírito de Deus e o espírito do homem!

4. Completa e não somente parcial.
Segundo a teoria da inspiração parcial, os escritores seriam preservados do erro em questões necessárias à salvação dos homens, mas não em outras matérias como sejam: história, ciência, cronologia e outras semelhantes. Portanto, segundo essa opinião, seria mais correto dizer que "A Bíblia contém a Palavra, em lugar de dizer que é a Palavra de Deus".
Essa teoria nos submergiria num pântano de incertezas, pois quem pode, sem equívoco, julgar o que é e o que não é essencial à salvação? Onde está a autoridade infalível que decida qual parte é a Palavra de Deus e qual não o é? E se a história da Bíblia é falha, então a doutrina também o é, porque a doutrina bíblica se baseia na história bíblica. Finalmente, as Escrituras mesmas reivindicam para si a inspiração plenária. Cristo e seus apóstolos aplicaram o termo "Palavra de Deus" a todo o Antigo Testamento.


5. Verbal e não apenas de conceitos.
Segundo outra teoria, Deus inspirou os pensamentos mas não as palavras dos escritores. Isto é, Deus inspirou os homens, e deixou ao critério deles a seleção das palavras e das expressões. Mas a ênfase bíblica não está nos homens inspirados, mas sim nas palavras inspiradas. "Havendo antigamente falado aos pais pelos profetas" (Heb. 1:1). "Homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:21). Ainda mais, é difícil separar a palavra do pensamento; um pensamento é uma palavra antes de ser ela proferida. ("não comeceis a dizer em vossos corações"; "o tolo disse em seu coração"); uma palavra é um pensamento ao qual se deu expressão. Pensamentos divinamente inspirados naturalmente teriam sua expressão em palavras divinamente inspiradas. Paulo nos fala de "palavras ensinadas pelo Espírito" (1Cor. 2:13). Finalmente, uma simples palavra é citada como sendo o fundamento de doutrinas básicas. (João 10:35; Mat. 22:42-45; Gál. 3:16; Heb. 12:26, 27.)
Precisamos fazer distinção também entre a revelação e a inspiração. Por revelação queremos dizer aquele ato de Deus pelo qual ele dá a conhecer o que o homem por si mesmo não podia saber; por inspiração queremos dizer que o escritor é preservado de qualquer erro ao escrever essa revelação. Por exemplo, os Dez Mandamentos foram revelados, e Moisés foi inspirado ao registrá-los no Pentateuco.
A inspiração nem sempre implica revelação; por exemplo, Moisés foi inspirado a registrar eventos que ele mesmo havia presenciado e que dessa maneira estavam dentro do âmbito do seu próprio conhecimento.Distingamos também entre as palavras inspiradas e os registros inspirados. Por exemplo, muitos dizeres de Satanás são registrados nas Escrituras e sabemos que o diabo certamente não foi inspirado por Deus ao proferi-los; mas o registro dessas expressões satânicas foi inspirado.
Portando segundo o que acabamos de ensinar é que a Inspiração provém de Deus!

Referencia Bibliográfica: Myer Pearlman. Conhecendo as doutrinas da Bíblia.

Prof.  Euler Lopes

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Enriquecendo-se com a Bíblia II


   


    Paz do Senhor a todos os internautas! Estou agradecido por suas visualizações em meu blog.  Que Deus abençoe vocês e que todos tornam-se pessoas piedosas, sinceras mediante o “Evangelho  de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”.
    É nosso dever todos os dias examinar as Escrituras. Existem “falsos profetas e falsos mestres” que são vorazes com as igrejas em nossos tempos, não poupando o rebanho.
    Por esse motivo devemos nos aplicar a Santa Escritura a todo tempo, como diz Paulo o apóstolo: “... que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina” 2 Tm 4.2.
Que vocês regozijem-se nesses ensinamentos acerca da Palavra de Deus por nosso amado irmão.  

9. Lucas 10.4 - A ordem de Jesus: "A ninguém saudeis pelo caminho "
Não se tratava de indelicadeza.
    O tempo que restava para Jesus era pouco, muito pouco, e as saudações orientais tomavam muito tempo, não somente devido à troca de expressões formais, mas também por causa das poses que o corpo assumia. Se os enviados por Jesus cumprimentassem o povo segundo a maneira daquela época. Ele não cumpriria sua missão redentora no devido tempo. Ele sempre se referia ao "meu tempo".

10. Romanos 12.20 - Brasas sobre a cabeça do inimigo (Pv 25.21-22)
  O fato refere-se às leis levíticas de Levítico 16.12, quando o sumo sacerdote fazia expiação pelo povo, incluindo o incensário cheio de brasas. A expiação satisfazia à justiça de Deus, promovendo a reconciliação do homem com Ele. 0 caso aqui citado que serve para dar uma idéia do valor que há na compreensão da vida, das leis, e dos usos e costumes antigos orientais, conforme vemos na Bíblia.

11. Paulo foi maravilhosamente capacitado para grande trabalho entre os gentios:
(a) Por nascimento, era hebreu.
(b) Por cidadania, era romano.
(c) Pela cultura, era grego.

12. Esaú tinha duas esposas com o mesmo nome, ou seja, Basemate, que significa fragrância, em hebraico. Um era filha de Elom, heteu, Gn 26.34, e a outra, filha de Ismael e irmã de Nabaiote, Gn 36.3.

13. O cortejo fúnebre era liderado pelas mulheres porque, diziam eles, como Eva, uma mulher trouxe a morte até o mundo, as mulheres
deviam conduzir as vítimas à sepultura. Ver Jr 9.17.

14. Nos tempos do AT, ao que parece, havia uma vestimenta própria para as viúvas, pois Tamar, a nora de Judá, usara as "vestes de sua
viuvez", Gn 38.14.

15. Os judeus tinham o costume de esfregar sal nos recém-nascidos, ver Ez 16.4.


16. Nos tempos antigos, um homem para confirmar um negócio relativo à remissão, ele tirava o seu sapato e dava ao outro como testemunho, Rt. 4.7-8.

17. Colocava-se na cabeça um pequeno cone feito de um material à base de óleo, cheio de perfume. Em contato com o calor do corpo, o cone ia-se derretendo lentamente e o perfume pingava nas roupas, veja SI 23.5; Lc 7.44-46.

18. No Egito, o período de luto para os membros da realiza era de 70 dias, 40 dias eram para o embalsamamento. E Jacó, sendo pai do
primeiro ministro teve direito a essa honra, veja Gn 50.3.

19. Nos tempos bíblicos, no casamento, as atenções eram centralizadas no noivo e não na noiva. Isto porque a noiva saía ao encontro do noivo com um véu e ninguém podia vê-la.
Somente no 7o dia de festa a noiva era apresentada aos convidados, tipificando anIgreja que no arrebatamento não será vista pelo mundo, somente na revelação de Jesus, 7 anos depois, Ap. 1.7.

20. O Sacerdote hebreu só podia casar com uma moça virgem, não podia casar com viúva, repudiada, desonrada ou prostituta, ver Lv
21.13-14.

21. Ao nascer uma criança em um lar hebreu, se fosse menino, a mãe se purificava 40 dias; se fosse uma menina, era 80 dias, exatamente o dobro, Lv 12.2-5.

22. Nos tempos bíblicos acreditava-se que alguns alimentos, como as "mandrágoras", produziam fertilidade. Muitas vezes eram usadas como encantamento de amor, leia Gn 30.14-17.

23. Ter filhos sobre os joelhos de uma mulher, era parte central da cerimônia de adoço de filhos. Assim Raquel adotou os filhos de sua escrava Bila, ver Gn 30.3.

24. A mesa na antiga Palestina era uma pele ou pedaço de couro circular, coloca sobre o tapete. No chão, nas beiradas desta mesa em forma de bandeja havia laçadas através das quais passava-se um cordão. Terminada a refeição, o cordão era esticado e a "mesa" ficava pendurada, deixando o caminho livre. Posteriormente introduziu-se a mesa com divãs para reclinar. Os convidados encostavam-se na mesa com o cotovelo esquerdo e comiam com a mão direita Mc 14.3.

25. Na vida dos hebreus o novilho cevado era considerado o melhor de todas as carnes e era reservada para as ocasiões mais festivas Lc 15.23. Por outro lado o cabrito era carne mais comum, mais barata, Lc 15.29.

26. O ofício de curtidor era desonroso para os judeus, era considerado imundo por trabalhar com animais mortos. Normalmente, eram obrigados a viver fora dos limites da cidade. Simão o curtidor, morava à beira do mar, na cidade de Jope, At 10.6. Pedro, o apóstolo, hospedou-se na casa de Simão, desafiando este preconceito, At 9,43.

Fiquem com Deus!


Referencias bibliográficas: Coletânea de Curiosidades Bíblicas do Pr. Carvalho Júnior.



Prof: Euler Lopes