quarta-feira, 20 de maio de 2015

O que é Teologia??




Os vários ramos da Teologia



Teologia Histórica

A Teologia Histórica é o segundo andar do “edifício teológico”. Trata do desenvolvimento histórico da doutrina e se preocupa com as variações sectárias e afastamentos heréticos da verdade bíblica que apareceram durante a era cristã.  Contém duas divisões principais:
a) O estudo do desenvolvimento progressivo das doutrinas da Bíblia. Os que seguem este método, também chamado de “horizontal”, consideram a história do desenvolvimento doutrinário como um todo, em períodos, e traçam a gênese de todos os vários dogmas em cada período específico, deixando-os no estágio em que são encontrados no fim do período, e então os retomam nesse ponto a fim de seguir seu posterior desenvolvimento. Assim, a teologia própria é estudada até o início da Idade Média; daí abandonada, sendo seguida pelo estudo de outras doutrinas até este período.
b) O exame do desenvolvimento histórico das doutrinas da Igreja desde a era apostólica. Os que seguem este método, também chamado de “vertical”, consideram o estudo das doutrinas separadas na ordem em que se tornam o centro da atenção da Igreja, seguindo seu desenvolvimento até atingirem sua forma final. Seguindo este método, o estudo da teologia própria segue das discussões apostólicas, até a sua formulação final nos credos histórico posterior a reforma.
A Teologia Histórica destaca a importância da história secular, bíblica e eclesiástica devido a contribuição que podem oferecer a compreensão do desenvolvimento doutrinário. Abrange:
a) História da Igreja;
b) História das Missões;
c) História dos credos e das confissões;
d) História das doutrinas.

Fonte: Esdras, Costa. HERMENÊUTICA, Fácil e descomplicada. Ed. CPAD.


Profº:   Euler Lopes

 

TEOLOGIA REFORMADA

 

Pergunta: "O que é Teologia Reformada?"


Resposta:
De uma forma geral, Teologia Reformada inclui qualquer sistema de crença que traça suas raízes à Reforma Protestante do século 16. Claro que os Reformadores basearam sua doutrina nas Escrituras, como indicado no credo de “sola scriptura”, então teologia Reformada não é um “novo” sistema de crença mas um que procura dar continuação à doutrina apostólica.

Geralmente, teologia Reformada defende a autoridade das Escrituras, a soberania de Deus, salvação pela graça através de Cristo e a necessidade de evangelismo. Às vezes é chamada de Teologia do Pacto por causa da ênfase dada à aliança que Deus fez com Adão e a nova aliança que veio através de Jesus Cristo (Lucas 22:20).

Autoridade das Escrituras.Teologia Reformada ensina que a Bíblia é a inspirada e confiável Palavra de Deus, suficiente para todos os assuntos de fé e prática.

Soberania de Deus.Teologia Reformada ensina que Deus reina com controle absoluto sobre toda a criação. Ele predeterminou todos os eventos e, portanto, nunca se frustra com as circunstâncias. Isso não limita a vontade da criatura, nem faz de Deus o autor do pecado.

Salvação pela graça.Teologia reformada ensina que Deus em Sua graça e misericórdia escolheu redimir um povo para Si mesmo, livrando-os do pecado e morte. A doutrina de salvação reformada é também conhecida como os cinco pontos do Calvinisno (ou pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em inglês):

T- Depravação Total do Homem (Total depravity).O homem é completamente fraco em seu estado de pecado, está sob a ira de Deus e de forma alguma pode agradar a Deus. Depravidade total também significa que o homem não vai naturalmente procurar conhecer a Deus, até que Deus graciosamente o encoraje a assim agir. (Gênesis 6:5; Jeremias 17:9; Romanos 3:10-18).

U – Eleição incondicional (Unconditional election). Deus, da eternidade passada, escolheu salvar uma grande multidão de pecadores, a qual nenhum homem pode numerar (Romanos 8:29-30; 9:11; Efésios 1:4-6:11-12).

L- Expiação limitada (Limited Atonement). Também chamada de “redenção particular”. Cristo tomou sobre Si o julgamento do pecado dos eleitos e, portanto, pagou por suas vidas com a Sua morte. Em outras palavras, Ele não só tornou salvação “possível”, Ele na verdade a obteve por aqueles que Ele tinha escolhido (Mateus 1:21; João 10:11; 17:9; Atos 20:28; Romanos 8:32; Efésios 5:25).

I - Graça irresistível (Irresistible Grace). Em seu estado depois da Queda ao pecado, o homem resiste ao amor de Deus, mas a graça de Deus trabalhando em seu coração faz com que tal homem deseje o que ele tinha previamente resistido. Quer dizer, a graça de Deus não vai falhar em realizar o seu trabalho de salvação na vida dos eleitos (João 6:37,44; 10:16).

P – Perseverança dos santos (Perseverance of the saints). Deus protege Seus santos de se desviar totalmente; por isso salvação é eterna (João 10:27-29; Romanos 8:29-30; Efésios 1:3-14).

A necessidade de evangelismo.Teologia reformada ensina que Cristãos estão nesse mundo para fazer a diferença, espiritualmente através de evangelismo e socialmente através de uma vida santa e de humanitarismo.

Outras características da teologia Reformada geralmente incluem a observância de dois sacramentos (batismo e comunhão), uma opinião de que certos dons espirituais cessaram (esses dons não foram mais passados à igreja), e uma opinião não dispensacionalista das Escrituras. As igrejas reformadas dão grande valor ao ensino de João Calvino, John Knox, Ulrico Zuínglio e Martinho Lutero. A Confissão de Fé de Westminster incorpora a teologia da tradição Reformada. Igrejas modernas na tradição reformada incluem a Prebisteriana, Congregacionalista e algumas Batistas.




TEOLOGIA MORAL


Teologia Moral é uma disciplina e um campo de conhecimento da Teologia que se dedica ao estudo e à pesquisa do comportamento humano em relação a princípios morais e ético-religiosos. O vocábulo moral provém do latim mos - moris, que inicialmente significava costume, evoluindo depois para uma significação equivalente ao grego εθoς = ethos.


Na teologia cristã, a teologia moral ocupa-se do estudo sistemático dos princípios ético-morais subjacentes à doutrina e às verdades reveladas por Deus, bem como à sua aplicação posterior à vida quotidiana do cristão e da Igreja. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática. Mas, apesar disso, muitas vezes ela também está associada à teologia prática.

Os cristãos acreditam que o Evangelho e as verdades e doutrinas reveladas, estudadas pela teologia dogmática, estão essencialmente ligadas a uma ética e conduta moral, algo que eles têm que cumprir e obedecer para serem salvos.


TEOLOGIA DOGMÁTICA.


teologia dogmática é a parte da teologia cristã que trata, sistematicamente, do conjunto das verdades reveladas por Deus, isto é, do dogma e das verdades fundamentais com ele vinculadas, às quais se deve em primeiro lugar o assentimento da fé. Esta teologia está, em parte, englobada pela teologia sistemática

TEOLOGIA SISTEMÁTICA.


A teologia sistemática, que engloba ramos como a teologia doutrinal, a teologia dogmática e a teologia filosófica, é o ramo da teologia cristã que reúne as informações extraídas da pesquisa teológica, organiza-as em áreas afins, explica as aparentes contradições e, com isso, fornece um grande sistema explicativo (diferentemente da teologia histórica ou da teologia bíblica).

A teologia sistemática está também associada por vezes à apologética cristã, que serve para, no confronto teológico entre diferentes religiões e heresias, defender a doutrina da confissão cristã em causa.


HISTÓRIA.

A tentativa de organizar as variadas ideias da religião cristã (e os vários tópicos e temas de diversos textos da Bíblia) em um sistema simples, coerente e bem-ordenado é uma tarefa relativamente recente. Na ortodoxia oriental, um exemplo antigo é a Exposição da Fé Ortodoxa, de João de Damasco (feita no século VIII), na qual se tenta organizar, e demonstrar a coerência, a teologia de textos clássicos da tradição teológica oriental.

No Ocidente, as Sentenças de Pedro Lombardo (no século XII), em que é coletada uma grande série de citações dos Pais da Igreja, tornou-se a base para a tradição de comentário temático e explanação da escolástica medieval -- cujo grande exemplo é a Suma Teológica de Tomás de Aquino. A tradição protestante de exposição temática e ordenada de toda a teologia cristã (ortodoxia protestante) surgiu no século XVI, com os Loci Communes de Filipe Melanchton e as Institutas da Religião Cristã de João Calvino.


No século XIX, especialmente em círculos protestantes, um novo modelo de teologia sistemática surgiu: uma tentativa de demonstrar que a doutrina cristã formava um sistema coerente baseado em alguns axiomas centrais. Alguns teólogos se envolveram, então, numa drástica reinterpretação da fé tradicional com o fim de torná-la coerente com estes axiomas. Friedrich Schleiermacher, por exemplo, produziu Der christliche Glaube nach den Grundsatzen der evangelischen Kirche, na década de 1820, onde a ideia central é a presença universal em meio à humanidade (algumas vezes mais oculta, outras, mais explícita) de um sentimento ou consciência de "absoluta dependência"; todos os temas teológicos são reinterpretados como descrições ou expressões de modificações deste sentimento.

TEOLOGIA EXEGÉTICA

Quando nos dispomos pregar a palavra de Deus é necessário que se busque a correta  interpretação da Bíblia, para isso o pregador deve recorrer a duas importantes ciências da teologia que nos ajuda a entender e interpretar melhor o que o texto nos quer transmitir. Estas ciências são a HERMENÊUTICA e a EXEGESE.
HERMENÊUTICA- É uma palavra grega que significa interpretar, traduzir explicar. Ao se ler um texto bíblico, cada pessoa pode ter um ponto de vista diferente. Pois o ponto de vista depende das necessidades, carências e experiências vividas por cada um. Daí a necessidade de entendermos o texto por si mesmo, independente de nossas experiências pessoais, procurando manter a fidelidade do texto.
EXEGESE-  Essa palavra é uma transliteração do grego e significa narração, exposição. É formada por duas palavras gregas: A primeira, significa "fora de" e a segunda "conduzir, guiar", aplicando-se ao texto bíblico significa " tirar para fora a mensagem do texto".
A bíblia é composta de diversos tipos de literaturas e estilos, por isso é necessário interpretar corretamente cada uma delas, A preocupação de um autor de um livro poético é diferente da de um autor de um livro histórico, neste há inclusão de detalhes que são dispensáveis naquele,  como datas, governantes, posição geográfica, a fim de levar  uma compreensão exata do que o autor quis dizer. Vejamos alguns princípios que regem a exegese e a hermenêutica:

1-PRICÍPIOS DA EXEGESE
a)    Defina bem o texto - Evite pregar em textos muito pequenos para não deixar coisas importantes no contexto, ou em textos muito extensos, pois nesse caso a exposição pode ficar superficial, devemos buscar a definição da "perícope" (bloco central de raciocínio de em determinado texto).
b)    Compare diversas traduções - Leia o texto em outras traduções, pois os tradutores podem dar sinônimos de palavras e isso facilita seu entendimento.
c)    Analise o contexto do texto - Estude o parágrafo anterior e o posterior (contexto imediato). Descubra de onde o personagem está vindo e para onde está indo, o que aconteceu antes e depois do episódio que você está estudando. Analise a ideia ou contexto do livro que está sendo estudado (contexto remoto).
d)    Analise a gramática do texto - Anote o significado das palavras que você não conhece, marque os verbos e faça ligações entre eles, separe as perguntas e as respostas que tiver no texto, marque palavras repetidas, comparações, etc.
e)    Defina o tipo de literatura - Seu texto está nos livros histórico ou profético? Está nos evangélicos ou nas cartas? Essa definição é muito importante para compreender o texto.
f)      Pesquise o contexto histórico-geográfico - Use um dicionário bíblico e entenda quem era o personagem principal do texto, quem era sua família, sua profissão, para onde estava indo de onde estava vindo. Quem era o governador ou Rei, etc. Anote todas as informações que o texto traz a fim de conhecer melhor o que estava acontecendo. Consulte sempre um mapa bíblico.
g)    Identifique o tema principal - Qual é a idéia principal do texto? O que o texto está ensinando? Qual é o pensamento dominante? Tem outras idéias secundárias? Normalmente o tema principal do texto indicará o tema do sermão.
h)    Pesquise em comentários Bíblicos- Não dispense os comentários Bíblicos, pois é o fruto do trabalho árduo de pessoas que já estudaram o texto e anotaram as suas conclusões. Porém só consulte um comentário após ter passados por todos os princípios anteriores.


A TEOLOGIA LUTERANA

Prof. Dr. Joaquim José de Moraes Neto
Resumo
A Teologia de Lutero estabelecerá a partir do século XVI um novo paradigma teológico . Tratase da dimensão da cruz como ponto central , tanto da espiritualidade quanto da reflexão teológica. Na verdade Lutero trará para o interior da reflexão teológica da época a dimensão de um fundamento que se fixa não mais na totalidade da salvação, mas sim na alteridade. A cruz de Jesus Cristo quebra os paradigmas judaizantes, trazendo consigo a dimensão de um novo mundo: o mundo do Outro.
Palavras chave: Lutero, teologia, cruz, paradigma.
Pouco depois de 1300 havia iniciado a queda da maioria das instituições e dos ideais do período feudal. O espírito da cavalaria, o regime feudal, o Santo Império Romano, a autoridade universal do papado e o sistema corporativo do comércio e da insipiente indústria iam aos poucos enfraquecendo. A decadência institucional deste período levaria o antigo sistema ao desaparecimento.

Esgotava-se o período das catedrais góticas e a filosofia escolástica iniciava seu período de descrédito no mundo da cultura. Em lugar de tudo isto surgiam novas instituições com um modo de pensar
que será responsável para imprimir, aos séculos que adviriam, uma grande mudança paradigmática em relação à anterior. Neste final de idade Média onde se respirava as condições críticas de uma cultura em declínio e uma outra que surgia é que surge a Reforma. Os homens não mais concebiam o universo como um sistema finito de esferas concêntricas a girar em torno da terra e existindo para a glória e salvação do homem. Já no século XV a teoria heliocêntrica sugeria um cosmos de extensão infinitamente maior, em que a Terra não era senão um pequeno mundo no sistema planetário.
Admitir-se-ia, por outro lado, que a autoridade do governante não estava submetida a qualquer limitação, e alguns chegavam a dizer que o príncipe, no exercício.
de suas funções não devia obediência aos canônes da moralidade. Tudo quanto fosse necessário para manter seu poder ou o poder do estado que governava, justificava-se por si mesmo.
Ficava evidenciado que esta cultura era tanto um eco do passado quanto um prenúncio do futuro. Grande parte da sua literatura, arte e filosofia bem como sua cultura popular tinham raízes na cultura grega ou nos lendários séculos da Idade Média. Todo este movimento cultural foi o terreno em que se desenvolveu a Reforma.
A teologia medieval, basicamente centrada no ideal escolástico, via-se questionada pela nova ordem que se instalava na sociedade. Um novo paradigma estava sendo delineado no seio da cultura. Neste contexto é que surge a teologia de Lutero.
Esta nova teologia não mais meditará sobre o ser de Deus. Teologia é revelação. Mas esta revelação é revelação indireta. Esta teologia reconhece Deus não a partir de obras, mas através da cruz. Teologia da Cruz é aquela que não se reconhece na "glória", mas nos "sofrimentos". Este conhecimento de Deus através do "sofrimento" é assunto da Fé.
No Debate de Heidelberg Lutero define o teólogo da seguinte maneira:
19. Não se pode designar condignamente de teólogo quem enxerga as coisas invisíveis de Deus compreendendo-as por intermédio daquelas que estão feitas;
20. mas sim quem compreende as coisas visíveis e posteriores de
Deus enxergando-as pelos sofrimentos e pela cruz.
21. O teólogo da glória afirma ser bom o que é mau, e mau o que é
bom; o teólogo da cruz diz as coisas como elas são.
22. A sabedoria que enxerga as coisas invisíveis de Deus,
compreendendo-as a partir das obras, se envaidece, fica cega e
endurecida por completo.

TEOLOGIA ARMINIANA

arminianismo é uma escola de pensamento soterológica, baseada sobre ideias do holandes Jacobus Arminius (1560 - 1609)1 e seus seguidores históricos, os remonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."
O arminianismo holandês foi originalmente articulado na Remonstrância (1610), uma declaração teológica assinada por 45 ministros e apresentado ao estado holandês. O Sínodo de Dort (1618–19) foi chamado pelos estados gerais para mudar a Remonstrância. Os cinco pontos da Remonstrância afirmam que:
1.  a eleição (e condenação no dia do jugamento) foi condicionada pela fé racional ou não-fé do homem;
2.  a expiação, embora qualitativamente suficiente à todos os homens, só é eficaz ao homem de fé;
3.  sem o auxílio do Espírito Santo, nenhuma pessoa é capaz de responder à vontade de Deus;
4.  a graça não é irresistível; e
5.  os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão fora da possibilidade de cair da graça.
O ponto crucial do arminianismo remonstrante reside na afirmação de que a dignidade humana requer a liberdade perfeita do arbítrio.2
Desde o século XVI, muitos cristãos incluindo os batistas (Ver A History of the Baptists terceira edição por Robert G. Torbet) tem sido influenciados pela visão arminiana. Também os metodistas, os congregacionalistas das primeiras colônias da Nova Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitários nos séculos XVIII e XIX.
O termo arminianismo é usado para definir aqueles que afirmam as crenças originadas por Jacobus Arminius, porém o termo também pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de ideias, incluindo as de Hugo GrotiusJohn Wesley e outros. Há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicado corretamente: arminianismo clássico, que vê em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que vê em John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano é por vezes sinônimo de metodismo. Além disso, o arminianismo é muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus críticos que o incluem no semipelagianismo ou no pelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essas alegações.3
Dentro do vasto campo da história da teologia cristã, o arminianismo está intimamente relacionado com o calvinismo (ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma história e muitas doutrinas. No entanto, eles são frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergências sobre os detalhes das doutrina da predestinação e da salvação.4

TEOLOGIA DA PROSPERIDADE
Teologia da prosperidade (também conhecida como Evangelho da prosperidade) é uma doutrina religiosa cristã que defende que a bênção financeira é o desejo de Deus para os cristãos e que a , o discurso positivo e as doações para os ministérios cristãos irão sempre aumentar a riqueza material do fiel. Baseada em interpretações não-tradicionais da Bíblia, geralmente com ênfase no Livro de Malaquias, a doutrina interpreta a Bíblia como um contrato entre Deus e os humanos; se os humanos tiverem fé em Deus, Ele irá cumprir suas promessas de segurança e prosperidade. Reconhecer tais promessas como verdadeiras é percebido como um ato de fé, o que Deus irá honrar.
Seus defensores ensinam que a doutrina é um aspecto do caminho à dominação cristã da sociedade, argumentando que a promessa divina de dominação sobre as Tribos de Israel se aplica aos cristãos de hoje. A doutrina enfatiza a importância do empoderamentopessoal, propondo que é da vontade de Deus ver seu povo feliz. A expiação (reconciliação com Deus) é interpretada de forma a incluir o alívio das doenças e da pobreza, que são vistas como maldições a serem quebradas pela fé. Acredita-se atingir isso através da visualização e da confissão positiva, o que é geralmente professado em termos contratuais e mecânicos.
Foi durante os avivamentos de cura (healing revivals) dos anos 1950 que a teologia da prosperidade ganhou proeminência nos Estados Unidos, apesar de especialistas terem ligado suas origens ao Movimento Novo Pensamento. Os ensinamentos da teologia da prosperidade mais tarde ganharam proeminência no Movimento Palavra de Fé e no televangelismo dos anos 1980. Nos anos 1990 e 2000, foi adotada por líderes influentes do Movimento Carismático e promovida por missionários cristãos em todo o mundo, levando à construção de megaigrejas. Líderes proeminentes no desenvolvimento da teologia da prosperidade incluem E. W. KenyonOral RobertsT. L. Osborn e Kenneth Hagin.
As igrejas nas quais o evangelho da prosperidade é ensinado são geralmente não-denominacionais e usualmente dirigidas por um único pastor ou líder, apesar de que algumas desenvolveram redes que se assemelham a denominações. Algumas igrejas dedicam um longo tempo aos ensinamentos sobre o dízimo, o discurso positivo e a fé. Igrejas da prosperidade geralmente ensinam sobre responsabilidade financeira, apesar de que alguns jornalistas e acadêmicos têm criticado seus conselhos nessa área como enganosos. A teologia da prosperidade tem sido criticada por líderes dos movimentos pentecostal e carismático, assim como de outras denominações cristãs. Eles argumentam que ela é irresponsável, promove a idolatria e é contrária às escrituras. Alguns críticos argumentam que a teologia da prosperidade cultua organizações autoritárias, onde os líderes controlam as vidas dos membros. A doutrina tem seu sucesso atribuído, na Coreia do Sul, às semelhanças com a cultura xamanista tradicional. No Ocidente, a teologia da prosperidade tem atraído seguidores das classes média e baixa e tem seu sucesso ligado às semelhanças com o fenômeno do culto à carga, à religiosidade tradicional africana e à teologia da libertação das igrejas afro-americanas.

TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Teologia da Libertação é uma corrente teológica cristã nascida na América Latina, depois do Concílio Vaticano II e da Conferênciade Medellín (Colômbia, 1968), que parte de considerar que o Evangelho exige a opção preferencial pelos pobres1 e de especificar que a teologia, para concretar essa opção, deve usar também as ciências humanas e sociais.2
É considerada como um movimento supra-denominacional, apartidário e inclusivista de teologia política, que engloba várias correntes de pensamento3 que interpretam os ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições econômicas, políticas ou sociais. Ela foi descrita, pelos seus proponentes como reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas sociais,4 mas, seus oponentes a descrevem como marxismorelativismo ematerialismo cristianizado.5
A teologia da libertação está diretamente relacionada ao movimento ecumênico, que busca o retorno à união e comunhão de todas as religiões cristãs. Embora a mesma tenha se iniciado como um movimento dentro da Igreja Católica, na América Latina nos anos 1950-1960, o termo foi cunhado pelo padre peruano Gustavo Gutiérrez em 1971, sendo que mais de 40 anos depois se reconciliou com o Vaticano6 . Escreveu um dos livros mais famosos do movimento, A Teologia da Libertação. Outros expoentes são Leonardo Boff do BrasilJon Sobrino de El Salvador, e Juan Luis Segundo do Uruguai.7 8 9 A teologia da libertação desde os anos 90 sofreu um forte declínio, principalmente devido ao envelhecimento de suas lideranças, e a falta de participação das recentes gerações nesse movimento.10
A influência da teologia da libertação diminuiu após seus formuladores serem condenados pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) em 1984 e 1986. A Santa Sé condenou os principais fundamentos da teologia da libertação, como a ênfase exclusiva no pecado institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério, e o incentivo à luta de classes.11 12
Em seu recente discurso aos dirigentes do CELAM, durante a Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o Papa Francisco alertou para o risco da ideologização da mensagem evangélica quando a teologia toma como base as ciências sociais.



Prof. Euler Lopes

Regras da ABNT para trabalhos Científicos


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Diretor: Euler Lopes