Uma análise léxico sintática da verdadeira tradução
de [...] καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.
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https://drive.google.com/file/d/14bsYQ6Vd7CsR_1qwzFf6ln1gKAG6VV5s/view?usp=sharing
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VISÃO PANORÂMICA
Postulamos que o Logos é o Ser cuja existência transcende o
tempo. Sua preexistência eterna é explícita nas palavras do apóstolo João
(Jo.1:1; 1Jo.1:2). O Verbo estava com Deus. A preposição “com” (gr. pros)
implica em relação e distinção. Usada com o acusativo significa não somente
coexistência mas intercomunicação direta. O Verbo era Deus. Dito isto, não se
deduz que o Verbo era a mesma pessoa descrita como Deus — o qual Ele estava —;
entretanto, significa mais do que Este Ser apenas "um deus" distinto
ontologicamente Daquele — como vertido em supostas traduções, por exemplo a TNM
das testemunhas de Jeová. Ademais, não encontramos qualquer sustentabilidade
exegética, gramatical, e ou, teológica para tal “tradução defendida”. Há uma
implicação definida na reivindicação de o Verbo ser tão “substancialmente Deus”
quanto o Deus que o mesmo estava no texto de Jo.1:1c. O Verbo é qualificado
como Deus, coparticipante da essência Divina e, em virtude de tal certeza, consideramos
como afirmou o Erudito gramático Daniel B. Wallace em sua obra Gramatica grega – uma sintaxe exegética do
NT pg 735: "O que Deus Era o
Verbo Era". Isso não significa que exista mais que um Deus, pois
afirmar isso seria ir contra o que o Mesmo em Sua revelação escrita afirma
(Is.43:10), logo, mediante revelação progressiva, nos é evidente a existência
de pluralidade de pessoas na singularidade do Deus das Escrituras, e isso, a
partir da mesma.
Devida surpreendente revelação do Ser de Deus pelas escrituras a
igreja adotou o conceito de “Trindade”, este fundamentado na compreensão da
existência de três autoconsciências divinas distintas (diferente do
unitarismo); Pai, Filho e Espírito Santo, que na economia da Divindade tem sua
própria funcionalidade (diferente do unicismo), que coexistem desde a
eternidade (diferente do modalismo), são unas em essência e propósito
(diferente do politeísmo), reais e ativas no mundo desde sua fundação
(diferente do ateísmo) e defendida pelas Escrituras. Considerando isso, o Novo
Testamento está repleto de claras e significantes evidências que apontam para a
comprovação dessa sentença (cf. 1Co.8:6; At.5:3,4; 20:28; Jo.20:28..etc).
Sugerir uma suposta geração do Verbo na eternidade pelo Deus que o mesmo
estava, talvez até atribuindo “natureza angelical” a Este a fim de negar sua
preexistência eterna e apoiar a suposta tradução “e o Verbo era um deus” —
insinuando haver inferioridade entre as pessoas na Divindade — é, sem dúvida
alguma, “deliciosamente gnóstico” (Qual o texto original do novo testamento –
QUE DIFERENÇA FAZ? Dr.Wilbur Norman Pickering, pg 209). Os que se utilizam
desta via além de se auto-proclamarem politeístas demonstram total desespero em
defesa de sua doutrina débil, outrossim, uma profunda ignorância com respeito a
revelação bíblica concernente ao assunto.
Além do mais, negar a eternidade do Verbo é ignorar o fato de
todas as coisas criadas terem tido origem mediante atuação ativa do mesmo,
sendo isso claro em todo NT (Jo.1:3; Cl.1:16; Hb.1:2). Isso significa que “sem
ele, e ou, sem sua participação direta, nem mesmo uma só coisa veio a existir,
isso é, o que veio a existir” (Jo.1:3), excluindo-o assim — e as demais pessoas
na Divindade, Pai e Espírito — daquilo que veio a existência, e atribuíndo ao mesmo
eternidade e preeminência sobre. Definitivamente, não há como negar a
coigualdade ontológica entre as pessoas na Divindade (Pai, Filho e Espírito
Santo), nem tão pouco aceitar a vergonhosa tradução sugerida pelas testemunhas
de Jeová para benefício próprio e depreciação da pessoa do Cristo
pré-encarnado.
Brício Lube
1. INTRODUÇÃO
Sabemos que a Palavra de Deus, está sendo
muito manipulada em diversos Seminários e em Faculdades teológicas que se dizem
“cristãs”. Não somente a igreja está sendo atacada na presente era, mas a
Tradução da Bíblia. Alguém já disse, “quando não conhecemos a história da
igreja, estamos fadados a repetir as mesmas heresias, ora combatidas por ela”.
Essa verdade é incontestável, pois milhares de ensinos heréticos estão
novamente voltando com uma nova roupagem para atacar a igreja de Jesus e a
Bíblia Sagrada. Esta, no que tange a sua tradução, está sendo manipulada por muitas
pessoas. Gente dizendo que a melhor tradução é assim, outros dizem que é de
outra forma, enfim, para um esclarecimento sobre a mesma e sua tradução, no
mínimo se precisa estudar os idiomas no qual ela fora escrita.
“Muitos incautos” em especial “as testemunhas
de Jeová”, acreditam que a TNM é uma das melhores traduções do grego para o
português, se não for a melhor, e no que se refere a João 1.1c. que eles
traduziram [...] καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος, para, “e o verbo era um deus”
eles afirmam que é a melhor entre os acadêmicos. (Grifo nosso). Mas será
que isso tem sustentabilidade gramatical e exegética?
Essa pergunta tem levado muitos
estudiosos de renome como os doutores, BRUCE M. METZGER, (Universidade de
Princeton), J. R. MANTEY, SAMUEL J. MIKOLASKI, CHARLES L. FEINBENG do Portland,
JAMES L. BOYER, WALTER MARTIN, dentre outros, que são especialistas em
linguística e no grego koiné, a acreditarem, que a TNM (Tradução do Novo Mundo)
no que se refere a João 1.1.c e em outros lugares é totalmente inapropriada,
infundada e errada. Os mesmos chegam a dizer que é uma das “piores traduções”
do grego, que por não entenderem a teologia Joanina, a gramática da língua
grega e a exegese tem levado os seus adeptos a terem uma visão minimizada e
distorcida sobre a DIVINDADE de Jesus.
O presente trabalho tem por finalidade
apresentar ao público leitor, uma compreensão sobre a língua grega para um
melhor entendimento de como se trabalha com o idioma do grego koiné para o
português, a regra de Colwell e sua importância para a exegese, como também o
porquê da TNM ser uma tradução sofrível no Evangelho de João 1.1c, e por final
apresentaremos as justificativas de qual a melhor tradução se “o Verbo era
um deus” ou se, “o Verbo era Deus”
e como as traduções em diversos idiomas traduziram a referida passagem para os
seus patrícios.
2. A ESTRUTURA DA LÍNGUA GREGA
Quando estudamos a língua
grega percebemos que sua estrutura morfológica é muito complexa. O seu campo
semântico é um verdadeiro labirinto para quem não conhece como funciona suas
orações. A importância de estudá-la é de fato em primeira instância laborioso e
exaustivo, mas no decorrer do tempo as perguntas vão se encaixando e
vislumbrando num prisma melhor. Sabemos que a língua grega foi falada há
centenas de anos, por isso, se precisa conhecer a sua história e sua relação
com outros idiomas antigos.
A língua grega é um dos membros da grande família de línguas
indo-europeias, que se estende por quase toda a Europa e parte da Ásia,
particularmente o Irã e parte da índia. A essa família pertencem, além do
grego, outras grandes línguas culturais como o sânscrito e o latim, assim como
o armênio, o germânico, o báltico, o eslavo, o albanês e diversas outras
línguas menores. O parentesco entre as línguas mencionadas pode ser observado,
por exemplo, nos seguintes vocábulos: Pai: no grego é pater, no latim pater,
no sânscrito pita, no antigo persa pitar, no gótico fadar,
no inglês father, no alemão Vater. Mãe: no grego é meter, no
latim mater, no sânscrito matar, no báltico mate, no
inglês mother, no alemão Mutter. De acordo com a linguística
comparada, todas essas línguas provêm de uma raiz comum, uma língua que era
falada por um primitivo povo que teria habitado na Ásia ocidental. Esse povo
teria morado em grandes famílias organizadas segundo o modelo patriarcal, num
contexto agropecuário, com firmes convicções monoteístas. No terceiro milênio
antes de Cristo teria começado uma dispersão daquele primitivo povo, o que
teria originado também a diversificação da sua língua em vários dialetos e
línguas afins. No segundo milênio antes de Cristo, uma das tribos indo-europeias
teria avançado até a península balcânica - seria essa a origem dos gregos[1].
O grego koiné surgiu como um dialeto comum nos
exércitos de Alexandre o Grande. Foi
sob a liderança da Macedônia que colonizaram o mundo
conhecido, seu dialeto comum recém formado foi falado do Egito até as margens da Índia. Embora os elementos do grego koiné tenham tomado forma durante o período Clássico posterior, o período
pós-clássico do grego da morte de Alexandre o Grande em 323 a.C., quando as culturas
oscilaram sob o helenismo, começou a influenciar
a língua. A passagem para o próximo período, conhecido como grego medieval, data da fundação de Constantinopla por Constantino I em 330 d.C.