sexta-feira, 14 de março de 2014

A Interpretação Bíblica




Proposito Deste Trabalho




O Presente estudo visa os estudantes de teologia bíblica e, também irmãos que desejam ter uma compreensão mais profunda dos “Textos Sagrados”. Existe um número considerável de pessoas, que sentem dificuldade em interpretar o texto bíblico. Por causa dessa demanda, venho por meio deste, explicar as — Regras básicas de interpretação bíblica. Espero que seja bem proveitoso e compreensível aos leitores desse estudo.

Esse trabalho nasceu há alguns anos, quando me deparei com algumas dificuldades dentro da própria Igreja. Dificuldade esta, que tem levado a deterioração da interpretação bíblica.
 Quando me refiro a Igreja, não me refiro somente à denominação aonde congrego mais outras que tenho passado. Muitas das vezes nossos obreiros, não são tão preparados quanto deveria. Paulo nos recomenda em 2 Tm 2.15 que sejamos pessoas “que maneja bem a Palavra da Verdade”, mas a realidade que eles estão enfrentando, torna-os  menos preparados. Existem obreiros que não tem recurso para pagar um curso de teologia, e não devemos fechar os olhos para isso.
Em suma, tem pessoa que sentem dificuldade em: ler, escrever, entender, pesquisar e, uma série de outras coisas que tem os levado a acreditar que não são capazes de alcançar algo maior em seu ministério.
Também, existem aqueles que não têm nenhum problema quanto a esta listagem acima. São amigos que, dizem; “O Espírito Santo vai me revelar tudo, não preciso me preparar em estudar...”. Será mesmo verdade...! Tenho minhas dúvidas.
É por isso que esse projeto vem ajudar, todos aqueles que não têm recurso para pagar um curso de teologia por ser um valor alto. Mas eles têm como nos ajudar em nosso projeto, abençoando e sendo abençoado.



Introdução á Hermenêutica

A Hermenêutica é uma ciência que todo pregador e ensinador da Bíblia deva conhecer. Os estudos dentro da área teológica, sistemática, dogmática, prática, contemporânea, incluem também o estudo da teologia exegética, que trata da reta interpretação das Sagradas Escrituras para o sentido que o autor quis atribuir ao texto sagrado. 
A hermenêutica se define como a Arte de interpretar e explicar textos. 
A palavra hermenêutica (ερμηνευτική) vem do verbo grego hermeneuein (ερμηνευειν) e significa interpretar ou traduzir (usado quatro vezes no Novo testamento sempre com a ideia de “tradução” João 1.38,42; João 9.7 e hebreus 7.2 para a forma verbal; e 1Co. 12,10; 14.26 para a forma nominal), Platão usou a palavra como forma de “explicar”. Se crermos que cada palavra em hebraico e também em grego fora Inspirada por Deus nos manuscritos originais, então é importante a correta interpretação dessas palavras.

Aprofunde-se mais um pouco!

No Antigo Testamento acham-se termos correspondentes ao grego hermeneuein; entre eles: tirgen(תֻרְגָּ֥ם) cujo significado é
“interpretar ou traduzir” (Ed 4.7),( pesher, p ̂eshar, פשר traduzido por “solução ou interpretação geral”), e o vocábulo hawâ, isto é, “ interpretar, informar, contar”. 
O hermeneuta segundo o étimo é um interprete ou tradutor de qualquer porção literária, quer sacra, quer  profana. Mas no nosso caso é a Bíblia Sagrada!
O termo grego hermeios referia-se, originalmente ao sacerdote do oráculo de Delfos, que era responsável pela interpretação dos desejos dos deuses aos seus consultores. Na cultura pagã, os romanos possuíam uma espécie de “profeta da salvação”, que era um especialista oficial encarregado da interpretação dos sinais celestes, como por exemplo, o voo das aves, e os sacerdotes, adivinhos que estudavam as entranhas das vitimas sacrificada e procuravam assim, presságios favoráveis ou contrários.
O étimo do verbo hermeneuein  (ερμηνευειν)  e do substantivo hermeneia         (ερμηνεια), no entanto remetem para o deus mensageiro-alado Hermes, de cujo nome as palavras aparentemente derivam, ou vice versa.                                                                                                                            
Hermes segundo a mitologia greco-romana era filho de Zeus e de Maia, sendo o arauto o mensageiro dos deuses. Era também considerado o deus da ciência, da interpretação e eloquência. Nas escrituras neotestamentárias a cultura pagã romana o chamava de Mercúrio (At 14.12). Porem no texto original grego aparece o substantivo próprio Hermes ( Ερμης) em vez de Mercúrio.                                                                                  
No texto de At 14.12, Hermes aparece com a oração explicativa, “porque era este o principal portador da palavra” (ARA). Os gregos atribuíam a Hermes a descoberta da linguagem e da escrita — as ferramentas que a compreensão humana utiliza para chegar ao significado das coisas e para transmitir aos outros.
Hermes se associa a função de transmutação — transformar tudo aquilo que ultrapassa a compreensão humana em algo que essa inteligência consiga compreender. As várias formas da palavra sugere o processo de trazer uma situação ou uma coisa da ininteligibilidade à compreensão.                                                                                                                       
Quando Felipe (At 8.26-40) foi conduzido pelo Espirito Santo ao encontro do oficial etíope pergunto-lhe: “Compreendes o que vens lendo?” (ARA). Seu objetivo era levar ao etíope a compreensão do texto, decodificar o incógnito significado ao seu leitor. Sócrates afirma que os poetas são “eisin ho hermeneus ton theo” ou seja “são os interprete de deus”.  A função de Felipe, sobre a ótica helênica, confunde-se a de um mensageiro divino incumbido de ser portador de uma mensagem divina e torná-la compreensível, tanto narrando quanto explicando.
Ao utilizar a hermenêutica na interpretação da Bíblia, é preciso conhecer alguns problemas que serão enfrentados. Isso ocorre porque ela se relaciona diretamente com outras áreas do estudo Bíblico, entre esses estão: o cânon, a crítica textual e histórica, a exegese, a teologia sistemática e Bíblica.

Também há alguns problemas:

Cronológico: está relacionado ao fato da Bíblia ter sido escrita há muito tempo atrás. O primeiro livro foi escrito aproximadamente há 3.400 anos e o último em torno de 2.000 anos;
 Geográfico: influencia pelo fato que a maioria dos leitores está longe demais de onde os fatos ocorreram. Sem contar que quase tudo mudou ou tudo realmente mudou.
 Cultural: a maior parte da cultura mudou, além de ser muito diferente a forma de pensar e agir hoje em dia;
 Linguístico: como já se sabe, a Bíblia foi escrita nas línguas: hebraica, aramaica (Ed 4.8; 6.18; 7.12-26; Jr 10.11; e Dn 2.4 – 7.28) e grega. Estas contêm muitos detalhes importantes e ricos para um conhecimento mais detalhado em relação à
Bíblia. Entretanto, foi por causa dessas línguas e das mudanças naturais, que surgiram os problemas em relação às interpretações textuais, conforme consta nos melhores manuscritos encontrados;
 Literário: as diferenças contidas nos estilos de escritos utilizados nos tempos bíblicos com os de hoje são enormes. Um bom exemplo é o fato do NT utilizar muitas parábolas, enquanto que no AT utiliza muitos provérbios e salmos, entre outros estilos.
O importante é que o estudante da Bíblia saiba que para estudá-la é preciso ter bom senso, paciência, disposição e dedicação ao analisar os textos.
Antes de começar a estudar a hermenêutica e suas técnicas é preciso lembrar que o livro a ser estudado é a Bíblia. Esta por sua vez é fruto da revelação de Deus ao homem.

Primeira Regra
É preciso, o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.  
Como já dissemos, os escritores das Sagradas Escrituras escreveram, naturalmente, com o objetivo de se fazerem compreender. E, por conseguinte, deveriam valer-se de palavras conhecidas e deveriam usá-las no sentido que geralmente tinham. Averiguar e determinar qual seja este sentido usual e ordinário deve constituir, portanto, o primeiro cuidado na interpretação ou correta compreensão das Escrituras.
Exemplos: Em Gênesis 6:12, lemos: "Porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra" (versão revista e corrigida). Tomando aqui as palavras carne e caminho em sentido literal, o texto perde o significado por completo. Porém tomando em seu sentido comum, usando-se como figuras, isto é, carne em sentido de pessoa e caminho no sentido de costumes, modo de proceder ou religião, já não só tem significado, mas um significado terminante, dizendo-nos que toda pessoa havia corrompido seus costumes.
"Qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?" Neste versículo, tomado ao pé da letra, embora nos apresente uma pergunta interessante, estamos longe de compreender a verdade que encerra. Porém, sabendo que contam uma parábola, cujas partes principais e figuradas requerem interpretação e designam realidades correspondentes às figuras, não vemos aqui já agora uma pergunta interessante, mas uma mulher que representa a Cristo; um trabalho diligente que representa um trabalho semelhante que Cristo está levando a cabo; e uma moeda perdida representa o homem perdido no pecado; tudo isto expondo e ilustrando admiravelmente a mesma verdade que expressa Cristo sem parábola, dizendo: "Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido" (Luc. 19:10).

Segunda Regra
É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase.
Na linguagem bíblica, como em outra qualquer, existem palavras que variam muito em seu significado, segundo o sentido da frase ou argumento em que ocorrem. Importa, pois, averiguar e determinar sempre qual seja o pensamento especial que o escritor se propõe expressar, e assim, tomando por guia este pensamento, poder-se-á determinar o sentido positivo da palavra que apresenta dificuldade.
Exemplos: : A palavra fé, ordinariamente significa confiança; mas também tem outras acepções. Lemos de Paulo, por exemplo: "Agora prega a fé que outrora procurava destruir" (Gál. 1:23). Do conjunto desta frase vimos claramente que a fé, aqui, significa crença, ou seja, a doutrina do Evangelho.
"Mas aquele que tem dúvidas, é condenado, se comer, porque o que faz não provem de fé; e tudo o que não provam de fé é pecado" (Rom. 14:23). Pelo conjunto do versículo, e tudo considerado, verificamos que a palavra aqui ocorre no sentido de convicção; convicção do dever cristão para com os irmãos.
Salvação, Salvar: Estas palavras são usadas freqüentemente no sentido de salvação do pecado com suas conseqüências; têm, porém, outros significados. Lemos, por exemplo, que "Moisés cuidava que seus irmãos entenderiam que Deus os queria salvar, por intermédio dele" (Atos 7:25). Guiados pelo conjunto do versículo, compreendemos que aqui ocorre a palavra salvar no sentido de liberdade temporal

Terceira Regra
É necessário tomar as palavras no sentido indicado no contexto, a saber, os versículos que precedem e seguem ao texto que se estuda.
Às vezes sucede que não basta o conjunto de uma frase para determinar qual é o verdadeiro significado de certas palavras. Portanto, e em tal caso, devemos começar mais acima a leitura e continuá-la até mais abaixo, para levar em conta o que precede a segue à expressão obscura e, procedendo assim, encontrar-se-á clareza no contexto por diferentes circunstâncias.

Exemplos: No contexto achamos expressões, versículos ou exemplos que nos esclarecem e definem o significado da palavra obscura. Ao dizer Paulo: "quando lerdes, podeis compreender o meu discernimento no mistério de Cristo" (Ef. 3:4), ficamos um tanto indecisos com respeito ao verdadeiro significado da palavra mistério. Porém, pelos versículos anteriores e posteriores, verificamos que a palavra mistério se aplica aqui à participação dos gentios nos benefícios do Evangelho. Encontra-se a mesma palavra em sentido diferente em outras passagens, sendo necessário, em cada caso, o contexto para determinar o significado exato.
"Quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo" (Gál. 4:3, 9-11). Que são os rudimentos do mundo? O que vem depois da palavra nos explica que são práticas de costumes judaicos.
Este vocábulo também é usado noutro sentido, determinando o contexto sua correta interpretação
"O salário do pecado é a morte", diz o apóstolo Paulo. O sentido profundo desta expressão faz ressaltar de uma maneira viva a expressão oposta que a segue: "mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna" (Rom. 6:23).

Quarta Regra
É preciso tomar em consideração o objetivo ou desígnio do livro ou passagem em que ocorrem as palavras ou expressões obscuras.
Lemos em 1 João 3:9: "Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado... esse não pode viver pecando." Quererá o apóstolo aqui dizer que o cristão é absolutamente incapaz de cometer uma falta? Não, porque o próprio objetivo de sua carta é o de prevenir para que não pequem, com o que está admitida a possibilidade de poder cair em falta. Como, pois, compreender que os nascidos de Deus não podem pecar? Neste caso também nos apresenta luz a consideração detida do desígnio da carta. Pelas Escrituras vemos que nos fins do século apostólico existiam certos pretensos cristãos enganados que criam poder praticar toda sorte de excessos carnais, sem respeitar lei alguma. Um dos desígnios da carta é, evidentemente, prevenir os filhos de Deus contra esse mau tipo de crenças. Diz João que, contrariamente a esses "filhos do diabo" que por natureza cometem pecado, os "filhos de Deus" não podem viver pecando. Cada um se ocupa nas obras do pai: os filhos de Deus se ocupam em manifestar seu amor a Deus, guardando seus mandamentos (5:2); os filhos do diabo se ocupam em imitar a seu pai, que está pecando desde o princípio.
Uns praticam o pecado, os outros não o praticam desde o momento em que nasceram de Deus. Opondo-se a esses dissolutos filhos do diabo, que acreditavam poder pecar e naturalmente com gosto pecavam, afirma João que os nascidos de Deus, pelo contrário, tendo repugnância e ódio ao pecado, não podem pecar; significa, não podem praticar o pecado, ou continuar pecando, como indica o texto original. Pela razão de haverem nascido de Deus, e aspirando, como aspiram, à perfeição moral completa, é contra sua nova natureza praticar o pecado: não podem continuar pecando; o que supostamente não impede que sejam exortados a guardar-se do mal, desde o momento que não estão fora da possibilidade de pecar.

Quinta Regra
É necessário consultar as passagens paralelas, "explicando cousas espirituais pelas espirituais" (1 Cor. 2:13).                                                                                     
Com passagens paralelas entendemos aqui as que fazem referência uma à outra, que tenham entre si alguma relação, ou tratem de um modo ou outro de um mesmo assunto.
Neste estudo importante convém observar que há paralelos de palavras, paralelos de idéias e paralelos de ensinos gerais.

Paralelos de palavras
Exemplos:  Em Gálatas 6:17, diz Paulo: "Trago no corpo as marcas de Jesus." Que eram essas marcas? Nem o conjunto da frase, nem o contexto no-lo explica. Iremos, pois, às passagens paralelas. Em 2 Cor. 4:10, encontramos em primeiro lugar, que Paulo usa a expressão "levando sempre no corpo o morrer de Jesus", falando da cruel perseguição que continuamente Cristo padecia, o que nos indica que essas marcas se relacionam com a perseguição que sofria. Porém ainda mais luz alcançamos mediante 2 Cor. 11:23, 25, onde o apóstolo afirma que foi açoitado cinco vezes (com golpes de couro) e três vezes com varas; suplícios tão cruéis que, se não deixavam o paciente morto, causavam marcas no corpo que duravam por toda a vida. Consultando, assim, os paralelos, aprendemos que as marcas que Paulo trazia no corpo não eram chagas ou sinais da cruz milagrosa ou artificialmente produzidas, como alguns pretendem, porém marcas ou sinais dos suplícios sofridos pelo Evangelho de Cristo.

Paralelos de idéias
Para conseguir idéia completa e exata do que ensina a Escritura neste ou naquele texto determinado, talvez obscuro ou discutível, consultam-se não só as palavras paralelas, mas os ensinos, as narrativas e fatos contidos em textos ou passagens esclarecedoras que se relacionem com o dito texto obscuro ou discutível. Tais textos ou passagens chamam-se paralelos de idéias.
Exemplos:  Ao instituir Jesus a ceia, deu o cálice aos discípulos, dizendo: "Bebei dele todos." Significa isto que só os ministros da religião devem participar do vinho na ceia com exclusão da congregação? Que idéia nos proporcionam os paralelos?
Em 1 Coríntios 11:22-29, nada menos que seis versículos consecutivos nos apresentam o "comer do pão e beber do vinho" como fatos inseparáveis na ceia, destinando os elementos a todos os membros da igreja sem distinção. Invenção humana, destituída de fundamento bíblico é, pois, o participarem uns do pão e outros do vinho na comunhão.

Paralelos de ensinos gerais
Para a aclaração e correta interpretação de determinadas passagens não são suficientes os paralelos de palavras e idéias; é preciso recorrer ao teor geral, ou seja, aos ensinos gerais das Escrituras. Temos indicações deste tipo de paralelos na própria Bíblia, sob as expressões de ensinar conforme as Escrituras, de ser anunciada tal ou qual coisa por boca de todos os profetas, e de usarem os profetas (ou pregadores) seu dom conforme a medida da fé, isto é, segundo a analogia ou regra da doutrina revelada. (1 Cor. 15:3, 14; Atos 3:18; Rom. 12:6.)
Exemplos: Diz a Escritura: "O homem é justificado pela fé sem as obras de lei." Ora, se desta circunstância alguém tira em conseqüência o ensino de que o homem de fé fica livre das obrigações de viver uma vida santa e de conformidade com os preceitos divinos, comete um erro, ainda quando consulte um texto paralelo. É preciso consultar o teor ou doutrina geral da Escritura que trata do assunto; feito isso, observa-se que essa interpretação é falsa por contrariar por inteiro o espírito ou desígnio do Evangelho, que em todas as partes previnem os crentes contra o pecado, exortando-os à pureza e à santidade.
Segundo o teor ou ensino geral das Escrituras, Deus é um espírito onipotente, puríssimo, santíssimo, conhecedor de todas as cousas e em todas as partes presente, coisa que positivamente consta numa multidão de passagens. Pois bem, há textos que, aparentemente, nos apresentam a Deus como ser humano, limitando-o a tempo ou lugar, diminuindo em algum sentido sua pureza ou santidade, seu poder ou sabedoria; tais textos devem ser interpretados à luz de ditos ensinos gerais.
O fato de haver textos que à primeira vista não parecem harmonizar com esse teor das Escrituras, deve-se à linguagem figurada da Bíblia e à incapacidade da mente humana de abraçar a verdade divina em sua totalidade.
Ao dizerem as Escrituras: "O Senhor fez todas as coisas para determinados fins, e até o perverso para o dia da calamidade" (Prov. 16:4), quererão aqui ensinar que Deus criou o ímpio para condená-lo, como alguns interpretam o texto? Certamente que não; porque, segundo o teor das Escrituras, em numerosas passagens, Deus não quer a morte do ímpio, não quer que ninguém pereça, mas que todos se arrependam. E, portanto, o significado da última parte do texto deve ser que o Criador de todas as coisas, no dia mau, saberá valer-se inclusive do ímpio para levar a cabo seus adoráveis desígnios. Quantas vezes, pela divina providência, não tiveram de servir os perversos qual açoite e praga a outros, castigando-se a si mesmos ao mesmo tempo!

O estudo da hermenêutica é de valor inestimável para todos os estudantes de Teologia Bíblica. O presente estudo estar em forma resumida, somente para conhecer a noção das REGRAS DA HERMENÊUTICA BÍBLICA.

Até a próxima postagem! 



Prof; Euler Lopes
  


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